segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Londres encontra o mundo na parada de ano novo











Mais de 10 mil performistas representando 20 países de várias partes do mundo confirmaram participação num dos maiores desfiles de rua da Europa aqui em Londres, no primeiro do ano.


Dançarinos, acrobatas, "cheerleaders", músicos e performistas diversos vão se encontrar na celebração das nações. O trajeto será de 3,5 kilômetros iniciando em frente ao Ritz Hotel até as Casas do Parlamento e Big Ben.


Prevista para começar ao meio dia, a parada vai percorrer Piccadilly Circus, Lower Regent Street, Waterloo Place, Pall Mall, Cockspur Street, Trafalgar Square e Whitehall terminando em frente ao Big Ben. Mais de 500 mil pessoas são esperadas para assistir o evento.


O tema para o desfile este ano será "Deixe-nos interter você".

- Com tanta gente de vários países reunida, tantas idéias e cores diferentes, não haverá outra maneira melhor para começar 2010 - avalia o diretor executivo do evento, Robert Bone.

Como já dizia o velho e bom Ney Matogrosso:

"Será um dia para abrir as portas do hospício e fechar as da delegacia".

O dia seguinte, chamado de "Boxing day"
















O significado histórico indica que o Boxing Day é feriado para os britânicos no dia após o Natal. Caso seja num sábado ou domingo, o feriado é feito na segunda-feira. No entanto, nas ruas e no comércio, o Boxing Day ocorre imediatamente após o feriado de Natal. É o dia em que uma multidão sai às ruas, estonteantemente louca por promoções.



As lojas ficam super lotadas de pessoas querendo comprar de tudo. E tudo entra em desconto neste dia. Tradicionalmente, o Boxing Day é o momento em que os ingleses comemoram a abertura das caixas de presentes após o Natal, com o intuito de dividir ou presentear também os pobres.


Clientes escolheram suas lojas preferidas e formaram filas desde as sete da manhã da sexta-feira, para antecipar um lugar privilegiado na abertura. O comércio no centro de Londres, mais precisamente em Oxford Street, a rua das grandes lojas, ficou abarrotado até por volta de nove da noite.


Os descontos fazem valer a pena toda esta mobilização em pleno inverno, com temperaturas na casa dos 3º. Chegam a 75% em alguns casos. Os ítens mais procurados são roupas as mais diversas, casacos de lã, jaquetas, calças e utensílios variados. Eletro, jóias, tênis, brinquedos, cama, mesa e banho e outras tantas infinidades são expostas aos olhos dos consumidores com placas, cartazes e anúncios vorazes de tentações.

No mínimo, torna-se um grande exercício mental sobre o vício material e a necessidade de consumir. E, neste dia, é quase impossível escapar de uma dose cavalar desta droga.


Aliás, dizem que dinheiro no bolso é vendaval. Por isso o Boxing Day é bem vindo, afirmam os ingleses, turistas, pechinchadores!!!!!!


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Hoje é um dia especial...


para mim...
É o aniversário da minha mãe.

Pensei no que escrever, no que pensar para escrever e tive a grata sensação de que:
- Ela sabe tudo o que eu tenho a dizer. Ela entende todos os meus sentimentos. Ela sabe de todos os meus passos e, fatalmente, igualmente ao filho, sonha tão grande que nunca tem fim!


Maezinha! Feliz aniversário! Um super beijo de quem te ama muito mesmo! Contagem regressiva... Cada dia a mais é um a menos...

Um abraço da Raquel também. E aproveitem a reunião da família para contar causos, dar risada e matar a saudade. Abraço pra todos aí. Um ótimo Natal e que esta data nos traga mais energia, luz, alto astral e força para continuarmos nossas caminhadas sem cair, se entregar ou perder batalhas. E se derrotas vierem, que possamos cair peleando!!!! Para se levantar logo em seguida!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Da janela do quarto... a neve chegando!



Foi a primeira queda de neve da temporada. No entanto, bastante retardada para Londres que, diferentemente do resto da Europa, recebe pequenas quantidades de flocos brancos todos os anos, geralmente depois do dia 27 de janeiro.
A neve precipita a expectativa de um Natal branco, dizem as manchetes dos jornais. Os homens do tempo confirmam. A semana que vem poderá apresentar condições ideais para a neve.
Ontem houve queda de neve, no entando, apenas por um período de 40 minutos, com interrupções constantes.
Hoje, a previsão é para que entre a noite, com temperaturas podendo chegar a -5. O estoque de sal em Londres é atualmente 240 toneladas menor do que há 10 anos atrás e as subprefeituras já anunciaram que este estoque é suficiente para atender a demanda da capital apenas por 5 dias ininterruptos. Não mais do que isso.
Se o Natal for mesmo branco, que venha a neve em forma de bonecos, porque iremos para a rua fazer os nossos!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mantenha o equilíbrio!





     Ainda procuro a forma exata para começar este texto. Talvez pelo fim. Ou, quem sabe, pelo começo. Escrevo, inicialmente, sobre intuição. A semana passada foi de férias. Descanso. Eu tinha plena convicção de que algo estava por acontecer. De que a resposta ao meu pedido do visto de residência chegaria e, no envelope, o passaporte com cinco anos de permissão para tocar adiante planos, sonhos... transformá-los em realidade verdadeira.


Nada aconteceu.

As férias acabaram. No sábado, a sensação de desânimo era evidente. Retorno ao trabalho no dia mais movimentado do ano. Dor no corpo, o pensamento distante e o sentimento de que algo faltava para preencher aquele vazio interminável de quem espera por dias melhores. Por uma única notícia.



Veio o domingo. Ontem. Mais um dia de trabalho. No entanto, foi um dia diferente, do ponto de vista da intuição. A Raquel trouxe bons indícios. Quando cheguei em casa, ela comentou:

- Conversei com a Alba (uma italiana que morava aqui na nossa casa e também fez o mesmo pedido de visto para o marido dela). Conta que o visto do marido chegou em outubro. Dias antes de vencer a validade de seis meses do passaporte. Imediatamente liguei as coisas. O visto do Dudu, parceiro nosso, chegou exatamente nos dias finais. Antes de vencer o carimbo da entrada. O do Neto também. Faltava o meu.



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Aqui é a terra onde os mitos, lendas e contos se tornam verdadeiros. Já havíamos ouvido de tudo. Histórias de brasileiros que ficaram aguardando mais de um ano pelo passaporte. De outros que esperaram 15 dias. Outros que precisaram do documento no meio do processo e voltaram para o final da fila. Em assuntos de imigração, apenas uma coisa é certa: não sabemos os critérios de avaliação deles. Esse é o segredo que todo o santo brasileiro corre atrás e nunca consegue descobrir.

A minha falta de empolgação nestes últimos dias talvez se deva ao fato de ter pensado em todas as possibilidades. O fato de ter vivido ilegal. De ter tido um pedido de visto negado no Brasil. Enfim. De tudo um pouco. A paranóia começa a tomar conta.





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Até que a Raquel chega com esse novo indídio. Que eu ainda não tinha conseguido associar.

Por isso o domingo foi bom. Trabalhei como quem desliza em nuvens. Estava suave. Parece que um peso gigantesco havia sido retirado do meu pensamento. Minha cabeça estava leve. O retorno da intuição. E do pensamento positivo. Eu ainda não tinha reconhecido que o visto poderia chegar nas proximidades do vencimento do meu visto. Quando me dei por conta, pá... pum. É isso! Dia sete. Cheguei em Londres no dia sete de junho. Mais seis meses é igual a sete de dezembro. Segunda-feira. HOJE.

Depois de uma semana de férias, quando perdemos a noção do tempo, ainda mais com dias frios e fechados, onde a noite dá a cara mais cedo, eu não tinha a menor idéia se a rota de trabalho ia ser mantida ou não. Geralmente a segunda-feira é dia OFF. Do descanso. Mas como estava retornando no sábado e no domingo, poderia entrar a nova semana dentro...

até que ontem saiu a escala. Segunda-feira OFF. A semana estava começando muito bem.





O número sete na numerologia



A Numerologia foi trazida, do Egito, para o Ocidente, pelo sábio grego Pitágoras. Ele não divulgou essa complexa ciência; apenas ensinou-a a seus discípulos, que prestavam um juramento de guardar absoluto segredo. Com o passar dos anos e dos séculos, muitos desses ensinamentos foram "vazando" e surgiram várias versões e interpretações, hoje correntes, sobre a Numerologia. Também a Aritmética e outros ramos da Matemática surgiram desses ensinamentos.

O sete é o número perfeito. Combinação do 3 com o 4; o 3, representado por um triângulo, é o Espírito; o 4, representado por um quadrado, é a Matéria. O 7, podemos dizer que é Espírito, na Terra, apoiado nos quatro Elementos, ou a Matéria "iluminada pelo Espírito". É a Alma servida pela Natureza. Afinal de contas, são sete os dias da semana, as cores do arco-íris, o número de planetas que nos regem, as sete maravilhas do mundo antigo e as sete notas musicais, etc...

Quando eu comprei minha passagem, o sete foi o dia escolhido.



Conceitos e valores:



No alfabeto hebraico, o sete corresponde à letra "zain" = Imaculado

No Mundo Angélico, 7 é Eloim = enviado de Deus.

No Mundo Astrológico, 7 é Mikhael, a inteligência soberana do 9º céu, que é a Lua.

No Mundo Elemental, o 7 é o Reino mineral.

Os nomes divinos:

O 7º nome divino é IEVE TSEBAOTH, que significa "O DEUS DOS EXÉRCITOS" ou, antes, Deus das Ordens Cósmicas; a Lei Divina que rege os mundos.

Na Cabalah, a 7ª sephirah é NETSACH = Vitória sobre a Morte. O 7º caminho é a Inteligência oculta; ela envolve, com esplendor, todas as virtudes intelectuais.



Outro fator que contribuiu para o retorno da auto estima e do pensamento positivo foi o fato de que a Raquel fez um faxinão daqueles no quarto. Foi ontem. Quando eu cheguei do trabalho, entrei no quarto e exclamei:

- Poxa! Se puxou hein! Parece um dos quartos do Ritter!

A cama estava toda arrumada. Lençóis trocados. Prateleiras com nossos objetos todos organizados. Devidamente organizados. Roupas dobradas. Chão limpo. Aquilo que eu costumo chamar de "meu escritório de trabalho" estava diferente. Foi o primeiríssimo detalhe que me chamou atenção:

- Tu limpou minha mesa do tarô?

- Sim. - respondeu ela.



Estava modificada. No entando, com os objetos nas suas devidas posições. A bola de cristal muito limpa. No centro.

Eu nunca permiti que alguém sequer tocasse meus objetos e as cartas. Sempre estudei por conta. Sempre me dediquei por conta. E tenho plena convicção da importância do tarô. Dos resultados que ele já me trouxe. Conselhos, caminhos a serem seguidos. Caminhos já trilhados e as probabilidades que as cartas apresentam. Aprendi a ler uma por uma. Interpretá-las da maneira mais correta possível. Inicialmente, tive a impressão de algo errado. Mas foi ali, naquele segundo, que a intuição começou a me dar respostas. Lembrei da última leitura. Ainda no Brasil. O resultado da quintessência era: MANTENHA O EQUILíBRIO.

As cartas nunca vão mostrar como resposta um dia em número. Uma situação clara. Tudo pronto. Não! Elas vão apresentar as possibilidades. Vai depender de cada um fazer suas próprias interpretações. Eu sabia que o fato de precisar manter o equilíbrio e não se deixar abater acabaria no dia em que o passaporte retornasse com o resultado do meu pedido. Afinal, esta é a grande meta da nossa vida à curto prazo.

A minha mesa estava fechada. As cartas jogadas sem muita ordem. Sem uso. Pois eu estava respeitando o resultado do último jogo. Sabia que o tempo ainda não tinha acabado. Até ontem, quando entrei no quarto e a encontrei limpa. Organizada. Pronta para ser utilizada mais uma vez.

Agradeci a Raquel pela iniciativa. Foi como se uma profecia tivesse sido cumprida. Ela tocou na mesa. Ela limpou. Foi ela quem fez toda a papelada do visto. Foi ela quem correu atrás de tudo desta vez. Foi da forma como ela quiz. Eu já sabia que algo aconteceria HOJE. Dia sete. O dia dos seis meses. Algo aconteceria. Foi ela quem começou a me mostrar que mais uma página da vida começava a ser virada.



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Dia de folga. Acordei tarde. Tenho lembranças de espiadas constantes no vão da escada pelo menos nas últimas duas semanas depois que acordo e vou até o banheiro no andar de baixo. A fresta me revela o local das cartas. Onde o correio da casa é deixado, logo na porta de entrada. Até o domingo, nada. Hoje eu não olhei. Nem pensei nisso.

Voltei ao quarto e por aqui fiquei. Li mails. Notícias.Ouvi um pouco de música. Deitei para ler. Estou terminando "A revelação templária" - os guardiões secretos da verdadeira identidade de Cristo, de Lynn Picknett e Clive Prince. O sono voltou. Tomei uma xícara de chá e deitei na cama para uma soneca. Tinha dores no corpo. Mas não havia mais peso na cabeça. Eu já sabia. Tudo estava resolvido. A questão, agora, girava em torno do tempo de espera.

Acordei somente no final da tarde. Vesti roupas simples. Me preparei para ir ao mercado quando um leve toque na porta me chama atenção:

A Lisi. Chegando do trabalho:

- Olhei o correio e tive que subir correndo, guri! Tem um envelope para ti. Abre!

Por um instante, ainda um pouco sonâmbulo, fiquei atônito. Não sabia como reagir. chegou o envelope. A Lisi sorria. Falava coisas legais. Ela e o Bolachão conviveram com todo o tempo da nossa espera. Talvez sejam as pessoas que mais saibam de como tudo aconteceu...

Peguei o envelope e sentei na cama. Até tentei abrir.

-Lisi, desculpas! Não posso abrir agora. Tenho que esperar a Raquel. Ela vai abrir!

- Ela vai abrir!

Minha amiga entendeu. Retornou para o quarto dela. Eu agradeci e fechei a porta. Fui ao mercado. Não sabia se chorava ou sorria. Foi um pouco misturado de tudo. Passou um filme pela minha cabeça.

Enquanto terminou de escrever este texto, olho para a cama. O envelope está fechado e eu não sei o resultado que vem de dentro. Espero pela minha esposa para abrí-lo. Hoje é um dia muito importante nas nossas vidas.

Embora ainda não saiba o resultado, arrisco palpite: não tem mais como negar!

Estou carimbado. Registrado, avaliado, rotulado, pra poder voar!!!

Pra poder voar!

Um viva ao leste. Ao ar. Á outubro. Libra. O ar e o triângulo, o símbolo primordial do equilíbrio. Um viva ao signo do vento. Á quem sempre quiz voar! E viver mais perto dos céus sem medo. Com documento.

Um viva à Raquel, a quem eu ainda espero.

Um viva ao final deste texto, o qual parece sem fim. Um viva as cartas. Um viva à vida!

Fica aqui apenas uma observação muito pessoal: DEVERÍAMOS SER TODOS LIVRES PARA PODER VOAR! SEM DOCUMENTOS. SEM PASSAPORTES! SEM PAPÉIS.

SUCH A PERFECT DAY!

Enquanto isso não acontece, me sinto muito à vontade para dizer que vou começar a voar na mesa do meu escritório de trabalho. Toda limpa. Pronta para uma nova rodada das cartas da vida!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Feliz aniversário!!!!




Vovó Maria!!

Um grande beijo e o desejo de muitos anos de vida. Sempre ao nosso lado, comendo churrasco e dando risada.
Feliz aniversário vózinha. Sinta-se abraçada, mesmo à distância.
E o desejo de mais uma ótima virada de ano, festas, Natal e ano novo.
E vamos em frente porque a vida continua e se entregar é uma bobagem!!!

Um sonho inesquecível


O velho Dente procurou, procurou, mas não achou o Felipão nos gramados do Beira Rio.


Dificilmente trago coisas do lado de lá. Na maioria das vezes tenho vagas lembranças dos sonhos. Outra noite eu tive um sonho de sonhador. Daqueles que não saem mais da cabeça até mesmo com os olhos abertos. Maluco que sou, eu sonhei:

Que o Felipão era o técnico contratado do Inter. Foi este, talvez, o sonho mais estranho da minha vida. Nele haviam apenas três figuras centrais, as quais eu recordo fisionomias. O Felipão, o meu pai Dente e o meu primo Tuta.

No sonho, meu pai é quem intermedia a negociação e faz o anúncio da chegada do Felipão ao Beira-Rio. No entanto, a apresentação do novo técnico ocorre na dispensa da minha velha casa em São Luiz Gonzaga, um espaço estreito, cheio de coisas velhas, um tanque, garrafas, sapatos usados, prateleiras empoeiradas, uma minúscula janela basculante, a máquina de lavar e a máquina de secar.

Ali estavam, sentados, o meu pai e o Felipão. Um em cima da máquina de lavar, outro na de secar.

- Vou treinar, mas tu me consegues uma camiseta do Cruzeiro ou do Palmeiras. - avisa Felipão.
- Por que? - Pergunta o meu pai.
- Porque não posso vestir a camiseta do Inter, uma vez que sou gremista - complementa o Felipão, sem mais alvoroços.

A primeira contratação dele foi o meu primo. O Tuta estava no auge da forma física. O campo de treino era o do Rancho e lá estava, solito, Luís Felipe, observando as arrancadas, piques e esforços do meu primo no campo de jogo. Não havia bola no sonho. Muito menos outros jogadores.

Havia, sim, uma passagem sinistra de ambientes. De repente, somem o Tuta e o meu pai. O sonho uma vez iniciado na lavanderia da casa onde eu já não moro mais se desfaz e, imediatamente, o cenário é outro.

Não é possível identificar qual é o estádio. É o dia do primeiro Gre-nal com o Felipão no comando dos colorados. É um ambiente de muito movimento, embora nenhuma face venha ao meu alcance.

Identifico apenas dois torcedores. Um deles com a camiseta do Inter. O outro, do Grêmio. Eles largam seus copos de cerveja e começam a discutir. O ambiente é externo ao estádio, como se fosse num acesso ou entrada. A calçada é levemente inclinada até a rua mais próxima, onde carros começam a estacionar.

A discussão fica acalourada. Neste momento, os dois homens retiram, simultaneamente, serrotes gigantescos dos seus bolsos. (?)

Também no mesmo momento, começam a serrar um a cabeça do outro. A cena é estupidamente horripilante. Eles gritam compulsivamente, como animais feridos. Mas não param de serrar. Abrem-se dois cortes. O sangue jorra. A cena ganha contornos surreais. Ouço o toque dos dentes dos serrotes nos ossos. Veias se rompem com o ruído do rompimento de enormes canos. Jorra sangue na calçada. Os dois adversários começam a entortar os joelhos. Não coordenam mais movimentos, mas ainda insistem em mandar toda a força que têm para o braço que segura o serrote. As cabeças começam a inclinar com o peso normal da gravidade. Os gritos cessam. Resta apenas um pedaço de carne antes de as cabeças rolarem. Caem os serrotes. Os dois torcedores estão ajoelhados, um em frente ao outro. Corpos retorcidos em dor e a chegada da morte. O último gesto, como se fosse combinado, é a tentativa desesperada de se segurar, antes do tombamento definitivo. Quando ambos levam suas mãos ensanguentadas à cabeça do adversário e, segurando pelos cabelos, rompem os últimos nervos que ainda mantinham suas cabeças no lugar. Rolam pela calçada, até pararem no meio fio.
Olhos abertos. O cessamento da dilatação dos últimos músculos. Na calçada, dois corpos ensanguentados. Sem suas cabeças.

Quando contei o sonho ao meu velho pai, ele não teve dúvidas:
- Devemos ir ao Beira-Rio conferir de perto a veracidade dos fatos.

Eu recordo a última vez em que estive no Beira-Rio na companhia do meu pai Dente. Foi em 1989; Naquele jogo infame, arrastaram-nos pela arquibancada, joelhos esfolados e a vaga lembrança pós partida que tenho do meu velho, tentando desamarrar a chave do carro em meio aos 19 nós que a prendiam no cordão de um calção preto. Fazia calor em Porto Alegre. Mais quente ainda era o ambiente daquele Gre-nal do século. De volta ao Beira-Rio,a inevitável confirmação do meu velho pai: Não! Não!
O Felipão não está no Beira-Rio.
Os dois torcedores sem suas cabeças?
Nunca mais os vi.
E em em sonhos os reencontro.

A arte do manuseio



A pizza bem feita enche aos olhos e ao coração muito antes de ter enchido a pança. Numa destas noites frias, fomos testar a pizza ao forno à lenha de um restaurante de entregas em Dollis Hill, 10 minutos de distância da casa do Dudu, onde íamos jantar. As pizzas de 15 polegadas são enormes e a ausência da elasticidade na massa pode pôr abaixo o trabalho todo do recheio, basta que um minúsculo furo se faça presente.
O que acabou não acontecendo. O vídeo é muito legal por isso. Mostra todo o feitio da pizza, desde o manuseio da massa até a retirada do forno. Confira e bom apetite!

domingo, 8 de novembro de 2009

Uma voltinha em frente ao Buckingham

O Palácio de Buckingham é a residência oficial da monarquia britânica em Londres. Somado ao fato de ser a residência onde a rainha Elizabeth II mora, o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as visitas oficiais de chefes de estado ao Reino Unido, e uma grande atração turística. Tem sido um ponto de encontro para o povo britânico em momentos de grande alegria e de crise. O palácio, originalmente conhecido como Casa de Buckingham (o edifício que forma o coração do actual palácio) foi construído pelo Duque de Buckingham, em 1703, e adquirida pelo rei Jorge III, em 1762, como uma residêndia privada, conhecida como "A Casa da Rainha" ("The Queen's House"). Foi reformada e aumentada ao longo de 75 anos. O Palácio de Buckingham tornou-se a residência oficial da monarquia com a ascensão da Rainha Vitória em 1837. As reformas mais significativas foram feitas na Era Vitoriana, com a adicção de uma grande ala em direcção a Leste e com a remoção de antigas entradas, diz o Wickpédia.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o Palácio, então residência do Rei Jorge V e da rainha Maria, escapou ileso. Os seus conteúdos mais valiosos foram evacuados para o Castelo de Windsor, mas a Família Real permaneceu in situ.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o palácio experimentou pior sorte que no conflito anterior: Foi bombardeado por sete vezes, e era um alvo deliberado, uma vez que os nazis alemães acreditavam que a destruição do Palácio de Buckingham poderia desmoralizar a nação. O mais sério e publicitado bombardeamento foi aquele que destruiu a capela em 1940: a cobertura deste evento foi exibida nos cinemas de toda a Inglaterra, para mostrar o sofrimento comum aos ricos e aos pobres. Uma bomba caiu no quadrângulo do palácio enquanto o Rei Jorge VI e a rainha Elizabeth estavam na residência. Muitas das janelas estouraram e a capela ficou destruida..[14] A cobertura de tais incidentes, em tempos de guerra, era severamente restringida, no entanto, o rei e a rainha foram filmados enquanto inspeccionavam a sua residência bombardeada. A sorridente rainha, como sempre imaculadamente vestida, com chapéu e casaco a condizer, mostrou-se aparentemente indiferente aos danos que a rodeavam. Foi neste momento que a rainha proferiu a famosa frase: "Estou feliz por termos sido bombardeados. Agora posso olhar para o East End na face". A família real foi vista a partilhar as suas misérias, como o "The Sunday Graphic" registou:

Palácio de Buckingham.
Pelo editor: O rei e a rainha sofreram a provação que veio até às suas pessoas. Pela segunda vez, um bombardeiro alemão tentou trazer a morte e a destruição à Casa de Suas Majestades (…) Quando esta guerra ultrapassa o perigo comum, que o rei Jorge e a rainha Elizabeth compartilharam com a sua gente, será uma memória estimada e uma inspiração ao longo dos anos.

Apenas para correção, o monumento é uma homenagem à Rainha Vitória e não Elizabeth I, como foi dito no vídeo.

Se não tiver estômago forte, não olhe. Cenas horripilantes

A morte da lagostinha
Ela viaja dezenas de milhares de quilômetros. Percorre recipientes hinóspitos. Passa o maior sufoco com temperaturas oscilantes. Não sabe onde está nem de quem foi a rede maldita que a prendeu. Muito menos compreende que o fim está próximo.
Se existe algo nesta vida tão previsível é a morte da lagostinha. Inevitavelmente, todas elas vão morrer sobre a tábua de cortar.
A lagostinha é servida fresca. Retirada da caixa onde a entrega é feita, vai imediatamente para a geladeira de peixes.
Tem até prato famoso nas Filipinas chamado Drunk Lagostine, quando as pequeninas são banhadas ao álcool da cerveja.
Talvez ali, antes do tilintar da lâmina, a contração final, esteja o momento de maior redenção da lagostinha. Ter ficado bêbada, pelo menos uma vez na vida.
No entanto, a grande maioria dos restaurantes do mundo inteiro serve sem a cerveja. Grelhada, assada, coida, enfim...
No La Petite Maisom é levada à grelha. O prato com quatro delas partidas ao meio, resultando obviamente em oito pedacinhos com pouquíssima carne, é vendido a 36 libras. Geralmente é servido como o especial do dia, porque nem sempre é dia de receber lagostinhas frescas. Ainda mais nesta quantidade, como mostra o vídeo.
Imaginem quantos restaurantes em Londres, Milão, Roma, Madri, Nova York, Tóquio, São Paulo ....
fazem o mesmo.
Logo, concluo que, do ponto de vista da lagostinha, o melhor lugar para a morte ainda são as tábuas de corte das Filipinas. Lá elas morrem bêbadas e felizes.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

The fall exposition

Em homenagem ao outono, fotos no Green Park, centro de Londres.











The fall - Outono
O tempo da queda. Aqui no hemisfério norte, desde o dia 1 de setembro até 30 de novembro. A transição da temperatura amena para a fria. Nos mundos antigos, o outono sempre foi associado ao feminino, ao vermelho, folhas amareladas ou laranjas, frutas, vegetais e grãos. Em poesia, associa-se com melancolia. É no outono que se realiza o festival Celta Samahin e o afamado culto aos mortos, o Halloween do dia 31 de outubro.

Fotos de Raquel Barazzuol em homenagem às folhas, grãos, flores e à quase chegada do inverno.




















domingo, 25 de outubro de 2009

A maior estória de todos os tempos

Outro dia resolvi dar uma geral na cozinha. Acontece que temos duas, em verdade. Uma delas é a maior, no andar debaixo, utilizada por dois casais. A outra, aqui no andar de cima, menorzinha, é utilizada de momento somente por mim e pela Raquel. Gastei meia tarde do meu dia de folga na quinta-feira para desenvolver a tarefa. A limpeza começou pelo fogão. Velho, estoporado, pura graxa e preto de queimaduras. Queimaduras letais de uma vida inteira de funcionamento. O câncer era profundo e exigiu paciência, esfregão de aço e Mr. Muscle, um produtinho legal que remove gordura mais facilmente.



Sempre tive comigo a idéia de que jamais usaria nosso forninho. Uma vez me contaram que ele não funcionava. Sabe aquelas histórias que te contam e você, por um motivo ou outro, acaba assimilando. Acredita e nunca procura ao menos saber o por que. Pois é.Resolvi ligá-lo. Ou, ao menos, tentar. Funcionou perfeitamente. Fui descobrir somente depois do dia de limpezas intensas que o forninho não apenas funcionava, mas deixava de ser utilizado porque não tinha uma grade do tamanho dele, ou seja, a grade de dentro do fogão da outra cozinha nunca coube neste nosso fogão velho, mas resistente. Bastou que a curiosidade tomasse conta e, além disso, o ato de procurar conhecer a verdade da história, para saber que o forno do nosso fogão funciona que é uma beleza.Foi uma das alegorias de vida que um dia alguém conta pra gente, e a gente nunca mais procura uma outra versão para acreditar. Alegorias.Hoje, somente consigo utilizar o forno da nossa cozinha sem precisar recorrer ao forno da cozinha dos vizinhos no andar debaixo porque resolvi procurar por conhecimento. Conhecer uma causa. Saber a versão exata dela pela minha própria intuição, ação e descoberta. Muitas vezes a vida nos mostra que a falta de conhecimento nos transforma em sujeitos alienados às grandes verdades. Outras vezes, porque a história foi mal contada.





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Mundo de símbolos e alegorias



Enquanto limpava o forno, pensava: e se Jesus nunca tivesse existido?Se tudo isso fosse uma história mal contada, ou melhor, neste caso muito bem contada a ponto de nunca ter sido questionada com veemência até então?

O sol.




Pelo menos desde 10 mil anos antes de Cristo, histórias de civilizações inteiras são contadas de maneira com que todas respeitavam ou adoravam este objeto luminoso. Por isso, é muito fácil entender por que toda a manhã Ele, o Sol, vem nos trazer luz, segurança e o recomeço depois de mais um final de noite de escuridão. Sem o Sol, todos os povos entendiam que os grãos jamais cresceriam e que a vida no planeta jamais conseguiria lutar por sobrevivência.

Esta realidade transforma o Sol no objeto mais adorado em todos os tempos. Povos antigos também eram muito sabedores da realidade das estrelas. Além de conseguirem reconhecer estrelas, tinham o poder de antecipar e mapear eventos durante longos períodos de tempo, como os eclipses e luas cheias. Os antigos catalogaram com precisão aquilo que a astronomia moderna entende hoje como constelações.

Uma das imagens mais antigas na concepção de história da humanidade é a cruz do Zodíaco.










Ela refere ao Sol e o giro gradual do astro central pelas doze casas do zodíaco ao longo do ano. Também reflete os doze meses do ano, as quatro estações, solstícios e equinócios. O nome zodíaco se origina no fato de que as constelações foram, um dia, simbologicamente associadas à coisas, animais ou pessoas. Em outras palavras, civilizações antigas personificaram os signos e meses do ano de acordo com a função de cada uma nas suas relações de existência.

O Sol, fornecedor de vida, fora personificado como o criador de todas as coisas. Deus Sol. O Salvador da raça humana. Por outro lado, as doze constelações representam o lugar da travessia para o Deus Sol, identificados por nomes e usualmente por elementos naturais que ocorriam em determinados períodos de tempo.

Por exemplo: Aquário. O homem que fornece a água, responsável pela vitalidade das fontes.

Hórus. O Deus Sol do Egito antigo, adorado há 3 mil anos antes de Cristo, apresenta uma série de símbolos representando seu próprio movimento nos Céus. Inúmeros documentos, papíros e escritas hieróglifas documentam um passado remoto onde se, por um lado o Deus da Luz trazia a vida, sempre houve também a presença do seu próprio Eu inverso. Set. HÓRUS X SET.

Set era a personificação da escuridão, ou simplesmente a noite. Todos os dias ocorria a batalha logo de manhã cedo onde Hórus vencia Set, e no final da tarde, quando o oposto acontecia nos céus do antigo Egito. Logo, no universo inteiro.

É importante lembrar que a batalha entre a luz e a escuridão, ou entre o bem e o mal como muitos costumam se referir, é a dualidade mais sabida da história da existência humana. E ainda é expressada em muitos níveis nos dias de hoje.

Então, vamos recuperar o que dizem os documentos egípcios datados de 3 mil antes de Cristo sobre o Deus Hórus.

Hórus nasceu em 25 de Dezembro de uma virgem conhecida como Maria, que deu a luz na companhia de uma estrela à Leste e era dito que três reis adornavam o nascimento. Hórus se tornou professor aos 12 anos de idade e quando tinha 30, recebia o batismo e iniciava seu ministério. Hórus possuía 12 discípulos que viajaram com ele e acompanhavam a performance de milagres e curas. Hórus também era conhecido como o bom pastor, o verdadeiro, untado com óleo, o pastor Deus, etc...

Hórus foi crucificado e enterrado por três dias antes de ressucitar.


Verdade ou não, esta é uma história que veio a permear o raciocínio espirito-religioso de inúmeras gerações futuras.


+++ Ittis - Grécia 1200 bC. Nascido de uma virgem em 25 de dezembro, crucificado, levado à tumba por três dias e ressucitado.

+++ Krishna - Índia 900 bC - Nascido de uma virgem, estrela à Leste. Ele realizava milagres, tinha seus discípulos e ressurgiu após a morte.
+++ Dionysio - Grécia 500 bC - Nascido de uma virgem em 25 de dezembro, conhecido como o Rei dos Reis, transformou água em vinho, performou milagres e viajou com seus discípulos. Também era chamado de Alpha e Omega e muitos outros. Depois de sua morte, veio a ressurreição.

+++ Mithra - Persia 1200 bC - Nascido de uma virgem em 25 de dezembro. Contava com 12 discípulos. Performava milagres. Depois do terceiro dia de sua morte, ressurgiu. Interessante que era adorado como Sunday (Em inglês Domingo, Dia do Sol).


O que se quer dizer com tudo isso é que sempre existiram muitos salvadores em diferentes períodos em todas as partes do mundo que apresentavam as mesmas características.


Alguém aí tem se perguntado por que? Por que ter nascido em 25 de dezembro? Por que dos 12 discípulos que o seguiam, por que ter ressucitado no terceiro dia?

Jesus Cristo nasceu da virgem Maria, em 25 de dezembro em Belém, com a presença de uma estrela à Leste, três reis magos que o adoraram e anunciaram sua chegada e começou a ensinar com 12 anos de idade. Aos 30, foi batizado por João Batista e começou sua caminhada. Ele também era conhecido como Alpha e Omega, o Filho de Deus, o Salvador, tinha 12 discípulos, caminhou sobre as águas, transformou água em vinho e praticou a cura. Foi vendido por três moedas de prata, entregue aos romanos, morreu na cruz e depois do terceiro dia, a ressurreição.

Primeiro - A sequência do nascimento é completamente astrológica.


A estrela ao Leste se chama Sírius, a mais brilhante de todas que podemos ver no céu escuro. No dia 24 de dezembro, entra em alinhamento com outras três estrelas menores, conhecidas nos dias de hoje como os três reis, mesmo nome que já eram identificados em tempos remotos. O alinhamento se torna perfeito na manhã de 25 de dezembro quando o Sol nasce, no Solstício de Inverno do Hemisfério Norte. Por isso era dito que os três reis magos seguiam a estrela a Leste, que levou-os ao local de nascimento do menino Jesus e blá blá blá...

A virgem Maria é a constelação de Virgo, também conhecida como Virgem. O hieroglifo antigo para Virgo é o M maiúsculo. Por isso foi identicada como Maria pelos cristãos, ou Maya pelos budas, ou ainda Myrra. A constelação também é identificada como The House of Bread (a casa do pão) ou, em hebraico, Bethlehem. Note: no céu. Não na terra.

Da perspectiva do Hemisfério norte, existe outra curiosidade interessante quando os dias se tornam mais curtos com a chegada do solstício de inverno, quando o ciclo normal do Sol simboliza o processo natural da morte, com tempo de iluminação e aquecimento menor e a morte dos grãos e das plantações. Queda das folhas e secamento dos galhos. Essa morte é a do Sol.


Depois de seis meses se movendo ao Sul, o Sol praticamente desaparece no seu ponto menor em 22 de dezembro. Pelos próximos três dias, o Sol cessa o movimento ao Sul e, em 25 de dezembro, move-se 1º à Norte e reinicia sua jornada de retorno aos dias mais longos, aquecidos e felizes da próxima primavera que virá. Este período é conhecido como The Southern Croux (A Cruz do Sul). Quando o Sol morre na cruz, permanece por três dias e depois ressurge para ser elevado ao paraíso.

Diz-se assim de Jesus e inúmeros outros Deuses Sol. Esta é a transição do Sol de retorno ao hemisfério norte antes de trazer a primavera e, por consequência, a salvação da lavoura. No entanto, a data de transição é completamente celebrada somente no período da Páscoa, durante o Equinócio da primavera, quando o Sol sobrepõe o dia à noite em períodos mais extensos.

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Provavelmente o fato mais notório envolvendo o simbolismo astrológico acerca de Jesus envolva os 12 discípulos. Eles são simplesmente as 12 constelações do zodíaco, com Jesus sendo o Sol. Em fato, consulte a bíblia e verás: 12 discípulos, 12 irmãos de Joseph,12 jurados de Israel, 12 Grande Patriarcas 12 Profetas do Antigo Testamento, 12 Reis de Israel, 12 Princepes de Israel, Jesus entrando no templo aos 12. Isto tem muito mais a ver com Astrologia do que qualquer outra coisa.

Retornando à Cruz do Zodíaco, a vida figurativa do Sol, não estamos fazendo referência apenas a uma ferramenta para identificar o movimento do sol, mas também de um símbolo pagão antiguíssimo. Este não é um símb0lo do Cristianismo, é a adaptação pagã da Cruz do Zodíaco.



Isso explica o por que de os povos terem dito que seus salvadores foram mortos com a cabeça na cruz, como Jesus, porque Jesus era o Sol. O Deus Sol. A luz do mundo. O salvador que renasce e retorna uma vez mais. Da mesma forma como ocorre todas as manhãs, pela Glória de Deus que nos defende contra a escuridão, entre tantas outras referências escritas na Bíblia e que não temos olhos para ver.

Entre tantas referências astrológicas do velho e novo Testamentos, uma das mais importantes tem a ver com a palavra "Eras". Nos testamentos, aparecem inúmeras referências para a palavra "Era", e para entendermos é preciso aprender sobre um fenômeno chamado "Percepção dos Equinócios". Os antigos egípcios e povos ainda anteriores sabiam que aproximadamente há cada 2150 anos o Sol nascia numa casa diferente do zodíaco. Isso tem a ver com o termo percepção porque o período de tempo é muito maior ao ciclo anual e está relacionado precisamente ao tempo de uma "ERA", enquanto que o período de 26 mil anos está ligado ao tempo de um CICLO inteiro.

Desde 4300 bC até 2150 bC ocorreu a Era de Touro. De 2150 bC até o ano 1 dC, a Era de Áries. Do ano 1 até 2150 dC, vivemos na Era de Peixes. Por volta de 2150, entraremos numa nova era. A Era de Aquário. A Bíblia refere simbolicamente passagens destas três eras.

Lembrem que, no velho testamento, quando Moises retorna do Monte Sinai com os 10 mandamentos, ele está furioso em ver seu povo adorando a imagem do Deus Touro, uma estátua em ouro na forma de um animal touro. Ele destrói o tabuleiro com os mandamentos e ordena que seu povo mate uns aos outros com o intuito de se purificar. Especialistas entendem que esta fúria toda está relacionada à adoração ao falso ídolo, quando Moisés representa o novo tempo de Áries enquanto que seu povo ainda adora o Deus Touro.

Nesta mesma ordem simbológica, Mithras aparece em esculturas onde sua espada encrava o corpo do Touro, simbolizando a morte do animal e o final de uma Era.


Jesus representa a Era de Peixes (muitas pessoas utilizam adesivos nos seus carros com o nome de Jesus envolto num peixe e nem sabeo o por que). O símbolo de peixes é muito trabalhado nos textos do novo testamento quando Jesus inicia seu ministério caminhando pela Galiléia e se tornando amigo de pescadores, que o seguem. Este é um símbolo pagão que representa o Deus Sol durante a Era de Peixes.




Em Lucas 22'10"" quando os apóstolos perguntam à Jesus para onde irão depois que Jesus morrer e o santo homem responde: "Esperem até que encontrem o homem que passará pelos portões da cidade segurando um jarro d´água. Sigam-o até a casa em que ele entrar.

Esta passagem é uma das mais chocantes referências astrológicas ao surgimento da nova era após o tempo de Jesus. O homem que segura o jarro d´água é Aquarius.





Tudo o que Jesus quiz dizer é que depois da Era de Peixes, vem a Era de Aquário. Todos nós temos ouvido sobre o fim do mundo, ou dos tempos, quando ocorre um erro de tradução tantos outros em Mateus 28'20"" quando Jesus responde: "Eu estarei com vocês mesmo durante o final da Era (Age) e não do mundo (World), o que tem assustado pessoas de todas as idades ao longo de todas as épocas, que esperam pelo final dos tempos.

Logo, o final dos tempos ou do mundo nada mais é do que um erro de interpretação astrológica. Somente na América, mais de 100 milhões de pessoas acreditam que o final do mundo está chegando.

ALÉM DISSO, o nome Jesus indica ser uma personificação híbrido-astrológica do Deus egípcio Hórus. Esta comprovação esteve escrita nas paredes do templo de Luxor, no Egito, há mais de 3 mil anos antes de Jesus através do milagre do nascimento, da virgem Isis impregnada pelo espírito santo, que dá a luz a um bebê, a adoração, etc etc...


Ainda não é suficiente?

Quem sabe uma comparação entre as mesmíssimas histórias da Arga de Noé e a inundação e o épico de Gilgamesh. Quem sabe a comparação necessária entre os dez mandamentos cristãos e o Livro dos Mortos do Tibet, que já contava as mesmas ordens do que deve e o que não deve muito antes do Cristianismo...

No final das contas, o que se pode afirmar com toda a certeza é de que a influência das idéias dos egípcios resultou na criação de duas novas doutrinas teosóficas: o Judaísmo e o Cristianismo.

Exemplo mais comum de paralelos ocorre entre Joseph no velho Testamento e Jesus no novo. As histórias são idênticas.
Uma pergunta: Além da Bíblia, que outro livro explicita a existência do menino de Nazaré?

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Logo

A religião Cristã é mais uma paródia de adoração ao Sol onde é colocado um homem chamado Cristo no lugar do astro Sol e prestam à Ele a mesma adoração inicialmente feita ao Sol. É nada mais do que uma estória criada pelos romanos com objetivos políticos sobre a figura mítica do Deus pagão Sol politicamente estabelecida à partir da imagem de Jesus para obter CONTROLE SOCIAL. O Conselho de Nicea que o diga! E o Vaticano também!


Agora, para finalizar, por que de tudo isso?

Por dois motivos: o primeiro é para dizer que existem imagens muito legais deste texto todo. Que podem ser vistas no site http://www.zeitgeistmovie.com/ ou simplesmente baixando as partes dos vídeos no You Tube digitando Zeigeist. Eu também já assisti! E esta parte descrita aqui é só a primeira meia hora. O mais legal é o Zeigeist adendum. Lá podemos ter noção mais exata sobre como funciona a estrutura de nossa sociedade nos dias de hoje, manipulada pelo DINHEIRO.


Segundo porque, enquanto limpava o fogão da nossa cozinha, tive um tempo livre para pensar. E tudo o que o movimento estabelecido quer é que as pessoas tenham o menor tempo livre possível para pensar. Porque pensar é perigoso, pode ser desafiador e, na maioria das vezes, é chocante. Apenas pensei em Jesus, enquanto descobria sobre a paródia do meu forno que não funcionava, uma alegoria que me contaram. E que, até então, eu acreditava...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Camden Town IV

Numa outra oportunidade, outros vídeos mostrarão novas faces de Camden.

O bazar, tapeçaria, antiguidades, incensos, lojas de esculturas, e tudo mais que não foi possível em apenas quatro vídeos. Até lá.

Quem vem à Londres e deixa de visitar Camden Town pode ter para sempre a impressão de que o lado mais criativo do passeio foi podado para o resto da vida. O colorido, alternativo, aromático, visual e cultural das coisas de Camden nunca mais sairão da mente de todos os seus visitantes, moradores, apreciadores...

Camden Town II

O passeio entre o canal do Regents e as feiras indicam que o espaço utilizado pelos feirantes entre ruelas, becos e antigos labirintos de cavalos será disputado palmo a palmo pelos turistas, curiosos, apreciadores, colecionadores, etc...

Camden é o espaço de tudo e de todos.

A magia de Camden Town

Camden Town é um distrito da subprefeitura de Camden, norte de Londres, conhecida também como a parte da cidade mais liberal, associada à cultura popular e movimentos sociais que marcaram época, como os punk dos anos 60 em diante e o "dark". Uma das principais avenidas musicais da cena Londrina, Camden abriga pubs diversos, casas de jazz e blues e danceterias. Também é um ponto famoso em função dos mercados de rua, do antigo estábulo onde abrigava uma clínica de cavalos até idos de 1800, para depois se transformar em lojas e feiras e, principalmente, pela diversidade étnica e cultural. A primeira parte do vídeo vai ficar para outro momento, já que eu consegui a proeza de ultrapassar o limite de 100 Mb que este blog me oferece. Detesto quando isso acontece. Enfim, vamos para a parte dois diretamente, mostrando um pouco do trajeto entre a estação de metrô e o Camden Lock, num total de 3 quarteirões de deslocamento. Vale a pena dar uma olhada. Camden foi um dos locais onde mais tempo estivemos aqui em Londres, entre 2006 e 2007, quando habitamos vizinho 4 quarteirões da estação por mais de sete meses.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Gipsy Kings na cozinha II

Mais uma palhinha dos Gipsy Kings na cozinha do La Petite Maison...

Gipsy Kings na cozinha

Eles continuam vivos, e mais: fazendo shows!
Os Gipsy Kings estiveram em Londres. Numa das noites, depois de alguma apresentação por aí a fora, escolheram o restaurante La Petite Maison para o jantar. Em meio as 170 pessoas que também escolheram o mesmo restaurante naquela sexta-feira, estavam os reis dos ciganos cantando e divertindo à todos! Depois de terem se esbaldado com a comida do Chef Raphael Duntoye, é claro!
Eles levaram instrumentos e ali mesmo, no meio do salão, fizeram algumas músicas ao vivo. No final da noite, deram a meia volta vou ver e apareceram na cozinha, para uma canja aos chefs.
Diz a Wikipédia:
"Eles são uma banda composta por ciganos que tocam rumba flamenca, um estilo musical variante do flamenco tradicional.
Eles ganharam grande notoriedade com o seu álbum Gipsy Kings, no qual havia vários sucessos do grupo, como "Djobi Djoba", "Bamboleo" e "Un Amor". A música "Volare", em seu segundo álbum, Mosaique é uma versão rumba do hit "Nel Blu Dipinto Di Blu" do italiano Domenico Modugno. Os Gipsy Kings foram e ainda são enormemente populares na França independentemente do criticismo dos puristas flamencos. Os Gipsy Kings foram um sucesso na maioria da Europa Ocidental, especialmente na França e no Reino Unido. Em 1989, Gipsy Kings foi lançado nos Estados Unidos e manteve-se por 40 semanas nos charts, sendo um dos raríssimos álbuns em espanhol a conseguir tal proeza".
Outro dia, mesmo antes dos ciganos, estiveram pelo Petit Maison Chris Martin (Cold Play) e Gwineth Paltrow (Beleza Americana). Também é cliente a menininha do Potter, Ema Thompson (Harry Potter). Outro que escolhe o Petit é Robert Downey Jr (Shakespeare). Jack Nicholson, entre outros famosos, também vai por lá, a exemplo do que fazem eles mesmos, os "poshes", por outros grandes restaurantes londrinos.
Naturalmente, uma das primeiras lições que aprendem os bons chefs é a de que, independentemente dos nomes, todas as mesas são VIP. Sempre levei muito a sério este dito. Logo, ter atendido os Gipsys, ou a Ema, ou o Martin, não passou apenas de mais uma mesa, já que absolutamente todos são tratados com imensa dedicação da nossa parte.
Foi mais uma noite de trabalho que terminou. Alegre, com música, um pouco diferente do normal. Somente isso. Nada mais do que isso.
Ficou a lembrança, desta vez em vídeo, embora não tivesse o tempo necessário para melhorar ajustes de luz.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O mundo da cozinha é assim...


Calor desde as primeiras horas do dia. A pele seca. a boca amarga. Os lábios ressecam. Litros e litros d´água. Mize en place (palavra francesa que designa o fato de preparar e organizar o alimento que será vendido e todos os ingredientes de cada prato) toda hora. Pausa apenas quando o serviço começa.

Turno de oito horas? Sim! Geralmente dois por dia.

Sentado?

Nunca. A não ser durante cinco minutos para um lanche rápido antes do serviço do meio-dia e outros 15 minutos para o jantar, aí sim, mais consistente, antes das outras seis horas de serviço no turno da noite.

O dia na cozinha é longo. Dezesseis horas de trabalho.

Dorme-se pouco quando não está em off (dia de repouso).

Gritos. Barulhos os mais variados. Fritura. Exaustores, Refrigeradores. O som da cozinha é fantástico.

Merda! Alguém sempre vai ser premiado com muita merda. No sentido de que o head chef vai sempre ferrar com alguém que está mal preparado ou apenas chegou para o trabalho num dia de "bad moon".

No entanto, passado o período difícil, a única certeza é que um novo dia começará. Apesar de sempre igual, a cozinha é muito versátil. De mudanças constantes.

É preciso ser muito forte emocional e fisicamente para suportar a rotina da cozinha.

Transpiração. Dedicação. Concentração.

Tudo pelo cliente. É ele quem paga o nosso salário.

A ginástica corporal que se faz dentro de uma cozinha profissional, ainda mais no exterior e principalmente em Londres, onde a competição exala à flor da pele, é impressionante ao ponto de te transformar rapidamente em um quase alterofilista. Ou malabarista, ginasta, enfim...

Dificilmente consegue-se apagar literalmente. Antes de dormir e depois de um dia qualquer de 16 horas dentro de uma cozinha, a cabeça, ao deitar-se no travesseiro, emite sons. Os olhos fecham mas as imagens continuam. O sono demora a chegar.

Ainda mais quando a mente já está programada para dormir quatro horas, porque logo em seguida começará tudo novamente, já que ainda não é chegado o dia OFF.

Começa tudo novamente. Cedo da manhã. Mais um dia de cozinha.

Onde tudo isso vai acabar? Ainda não descobri.

O fato é que, apesar de tão fifícil, existe uma alquimia inexplicável entre o prazer de cozinhar, a dor e a raiva do errar, cortar-se ou queimar-se e o sabor inigualável do acerto.

Para, no final de outras dezesseis horas, poder, quem sabe, programar a mente para o apagar das luzes. Para mais um off que chega. Descanso. Sono sem hora para acabar. Repouso do corpo e da mente. Programar tudo para mais um dia de cozinha que nascerá logo ali, após o tão esperado OFF.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Absorvendo Einstein...




Einstein:


"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta"


" A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro".


"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer".


"A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar".


"Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado".


" A distinção entre passado, presente e futuro é uma ilusão teimosamente persistente".


"A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada".
"Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor".
"A imaginação é mais importante que o conhecimento".
" A tradição é a personalidade dos imbecis".
"O segredo da criatividade é saber como esconder as fontes".
"Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X, Y é o lazer e Z é manter a boca fechada".
" Quem nunca errou nunca experimentou nada novo".
" Não quero ser um gênio... já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem".

A nova cara dos ítalo-ingleses

O homem que está mudando a feição do até então carrancudo modo inglês de jogar bola
O futebol dos ingleses está mudando. Já não há muito o que discutir se Capello sabe ou não o inglês - idioma. O que ele entende, mesmo, é sobre como ensinar ao inglês a linguagem do mundo da bola.
A Inglaterra passeou no Wembley. O jogo terminou agora há pouco com 5 gols contra um único da Croácia e a vaga assegurada na Copa da África no ano que vem.
É muito fácil perceber as mudanças iniciais. Basta analisar o video tape do jogo e perceber que dos 5 gols, três deles foram resultados de cabeceios, com passagens de laterais pelas pontas, marcação em duas linhas simples de quatro e a distribuição rápida da bola no campo de defesa. Ashley Cole pela esquerda e Johnson pela direita encontraram liberdade para evoluir até a linha de fundo durante praticamente todo o tempo de jogo. Com Lampard sobrando na marcação, espaço para Gerrard. O meia que não erra passes deu início à praticamente todas as boas jogadas de ataque da escuderia dos três leões.
Depois de ter soterrado o 4-3-3 histórico dos ingleses, Capello agora parte para uma segunda etapa: o posicionamento e a posse de bola. Notem que, durante a partida, quando tinha a posse de bola, a Inglaterra procurava algo até então muito pouco visto. A inversão do jogo. Bola em toques rápidos. Domina, toca. Gira. Inverte. Passam os laterais. Os meias encostam. O triângulo pode ser visto. O pivô geralmente encosta para fazer o penúltimo passe, antes de receber de volta na frente. Papel de Rooney.
Para um estilo mais duro de jogar, a dança de meio campo de Fábio Capello vêm agradando até os mais fervorosos criticos de cadeiras cativas nos pubs capital a fora.
A Inglaterra está na Copa. A deixa do locutor, ao finalizar a transmissão da ITV foi a seguinte: "Ainda não sabemos se estamos prontos para ganhar, mas sabemos que já estamos lá".
Se ainda é muito cedo para arriscar palpite, sobre espaço para uma última observação: parece mesmo que Beckham já não tem mais vez. Em breve, muito breve mesmo, estará com mais tempo para vender perfumes e participar de propagandas de cuecas e gravatas. Isso porque Lennon, do Tottenham Hot Spurs está jogando uma bolinha redonda.
Campanha vitoriosa esta do marketing, não é, David!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Exposição "Coisas e gente"

Esta mostra é parte de um passeio à beira do Tâmisa. Tem como objetivo nada mais do que o olho que se deixa percorrer trajetos. Capta o detalhe. Flagra coisas do cotidiano. Pessoas. Movimento. História. Assinam André e Raquel. Clique nas fotos para ampliá-las.