domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Veja à seguir
O que fazem os mendigos em Londres
E muito mais...
Agora é hora de ir dormir.
Now you lay me down to sleep
Pray to Lord my soul to keep
If I´ll die before awake
Pray to Lord my soul to take
(Enter Sandman - Metallica)
Até a próxima
Comparando preços dos eletros
The Logical Song
Abaixo robalheira! Queremos óleo mais barato!
O por que de os pobres súditos da Rainha serem menos pobres que os pobres súditos do Lula...
Ok. Sem brincadeiras. Nas próximas postagens, farei a tentativa de gravar alguns momentos mostrando o que fazem pessoas que vivem nas ruas, ou pelo menos a maior parte do tempo nelas. Vendem revistas. São credenciados junto ao governo como Homeless (sem moradia), mas recebem sustento, a própria moradia e ainda, a chance de poder colecionar algumas moedas, que não são aquelas, mostradas no vídeo imaginário. A revista se chama Issue e a edição mais recente trás matéria sobre o conterrâneo deles, Andy Muray, o garoto do tênis que nunca ganhou nada, mas que conseguiu vitória hoje em Wimblendow, passando à fase dos 16 melhores.
Enquanto ele não ganha nada e os mendigos continuam colecionando moedas, vamos ao que interessa: aqui, até mendigo sabe ler e escrever.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Michael Jackson, mais um que se vai
O que não bate com minha própria opinião. Nunca fui fã. Mas respeito. Jackson vendeu quase um bilhão de cópias. No entanto, quem vai explicar o por que ele morreu? Muitas drogas? Ou a maior droga foi o racismo que o fenôneno global sentiu, um dia, por ele mesmo?
Bom. Para quem sempre foi contra o racismo, fica a impressão sensata de que apenas mais um se foi.
Permitam, sem mais opiniões. Deixemos que se vá.
Os testes toxicológicos vão demorar semanas para serem divulgados. E, dificilmente, a verdade sobre as drogas virá à tona.
À partir deste mês, ele faria, em Londres, num grande pacotão de contrato, um total de 50 shows no O2 Arena. Os últimos 50 da carreira, anunciados por ele mesmo.
Informações extraoficiais dão conta do uso abusado de morfina nos dias mais recentes, para acalmar a dor.
Agora, que o cara dançava, Ah! Dançava!
Talvez, o que fica de mais legal, é a influência do jass que ele teve de James Brown e outros desde o início da carreira.
Quantos taxis por minuto??
No entanto, no meio do caminho, um encontro o inesperado. A necessidade imediata de fazer uma contagem. Quantos taxis, naquele dia de semana, por volta de 3 da tarde, passavam pela avenida principal que liga ao palácio da Rainha. Antes de mostrar o Palácio, vamos aos taxis...
Um intervalo nas coisas do trabalho para falar de... cultura!
Estes primeiros vídeos mostram a importância do investimento feito por uma entre tantas Prefeituras de Londres, a de Westminster, em cultura. Num único final de semana, foram organizados dois eventos, no sábado e domingo, para levar até a Praça de Leicester Square (coração de Londres), partes de todos os espetáculos de teatro do West End (região conhecida pela localização dos maiores e melhores teatros e cinemas de Londres, entre outras atrações culturais). Logo, o público pôde ter uma mostra das músicas que irão encontrar nas peças, apresentadas em inúmeros teatros do centro antigo de Londres.
O vídeo é uma palhinha do The Queen Musical, apresentado em duas sessões diárias no Dominium Theatre, em Tottenham Court Road (uma das esquinas mais movimentadas da cidade).
(Eu ainda não entendo muito desta tecnologia de MP4. Os vídeos foram gravados no telefone celular. Consegui abrir com som no PC usando o Windows Media Player. Espero que possam abrir).
Apenas um comentário sobre o West End Live: tinha muuuuuuiiita gente na fila. Era de graça e ao lado do palco, inúmeras tendas ofereciam opções de leitura, lazer para crianças, informações sobre as peças de teatro, etc e etc..) Logo, cultura significa adesão. E a adesão foi em massa. Pra que melhor propaganda dos eventos pagos do que levá-los, de graça, até a Praça?
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Fachada imponente, estilo arquitetônico inigualável e luxo. Muito luxo. Esta é uma boa frase para começar descrevendo o restaurante que, em 2008, faturou "limpinho" 10 milhões de pounds (libras esterlinas - algo, hoje, superior a 30 milhões de reais). Vendendo comida mediterrânea com prioridade para a culinária francesa.
O quadro de funcionários, em todas as funções, é de quase 300. O restaurante pertence aos mega empresários da indústria alimentícia londrina Chris Korbin e Jeremy King (ex-proprietários dos restaurantes Le Caprese, The Ivy e J. Sheekey (estão entre os mais famosos da capital - foram vendidos pela dupla para que o The Wolseley tornasse realidade.
O prédio existe desde os idos de 20, quando ali funcionava uma revenda de carros da época, que quebrou devido ao alto preço cobrado por veículo. Depois disso, o Banco Barclays assumiu o local, que foi vendido à King e Korbin em 1999, para se transformar no The Wolseley, local onde jantam celebridades como Kate Moss, Anthony Hopkins, Madona e Paul (são vários...). Entre tantos outros.
O restaurante tem estilo café vienense (um dos mais famosos da Europa) e serve tudo o que se possa imaginar, desde uma simples torrada no café da manhã até pratos mais rebuscados de Scargot, ostras, carnes e massas. Sempre com muita manteiga.
Sobre a rotina da cozinha, acompanhe em breve.
Gostaria apenas de concluir, sem falsa modéstia, que não é se gabando à toa que se chega ao posto de trabalho dentro da cozinha do Wolseley. É, sim, com muuuuuito esforço, dedicação e, claro, trabalho.
Deixo, aqui, mais fotos e fico à disposição para qualquer eventualidade. Em breve, receitas e novas histórias.
Que venha o touro em forma de beef!
- André, farei contato na terça-feira. Ainda tenho mais dois pretendentes à vaga para receber.
Altamente recomendado pelos Chefs do St. Alban, eu sabia que dificilmente perderia a posição, a menos que um qualquer, estilo Super Man, voasse mais rápido que eu naquela cozinha movimentada da sexta-feira.
Não deu outra. No sábado, o Chef ligou. Não esperou até a terça. Aqui em Londres é assim. Não tem meio termo. Se ele esperasse tanto, provavelmente eu já teria encaminhado outro contato para trabalhar (o que nem cheguei a pensar).
Comecei oficialmente no Wolseley hoje. Meu nome está na rota para a seção de peixes. (Outro dia contarei em detalhes a minha atividade diária). No entanto, posso adiantar que é uma das seções mais movimentadas e onde deve ser mais rápido possível, senão vai em merda "straight away". Estou trabalhando com um cara do Marrocos, Chef de Partie ( e eu achava que o japonês do St Alban (Yoshi) que era rápido no gatilho - mas esse é mais ainda. Será uma grande escola).
Não tenho medo. O trato com o inglês é diferente do que com o italiano. Não te xingam sem razão. Te oferecem tranquilidade, o que permite maior concentração. Em suma, não ficam pegando no pé.
No texto acima, um pouco da história do local onde eu estou indo trabalhar, que pertence à mesma companhia do St. Alban.
Agora é o The Wolseley!!
Depois da chegada, na segunda-feira, por volta de 17h, o reencontro com a Raquel, os amigos da Jimmys House (Bolachão e Lisi) e a felicidade com a chegada sem problemas nem queda de avião, resolvi que a terça-feira seria de descanso, ao lado da Raquel. Poucas atividades, como o passeio até a esquina para lavar roupas que estavam guardadas e precisavam ganhar novo endereço, o quarto novo posto em ordem e outras cositas mas.
No entanto, já na terça pensava na volta à cozinha, uma das grandes paixões da minha vida. É claro, a escolha já havia sido feita. Era um dever retornar ao meu primeiro e grande Chef, Francesco Mazzei.
Quando retornamos ao Brasil, em fevereiro de 2008, o Chef recém tinha aberto o novo restaurante, em Liverpool St, área de negócios e muito movimentada a Leste, o chamado "novo centro comercial" de Londres. O L´Anima (Alma em italiano) já recebeu inúmeros prêmios e concorre a primeira Star Michelin (o maior prêmio de qualidade do mundo, concedido à restaurantes especiais - no Brasil deve haver menos de meia dúzia).
Pois bem. Dito e feito. Confesso que meu medo inicial não era receber um "não" escancarado. Era, realmente, de ir visitá-los e receber um "sim" escancarado. Foi o que aconteceu.
Quando o Francesco iniciou conversa, foi logo dizendo:
- Amanhã você vem às nove da manhã e começa a trabalhar.
A felicidade não cabia mais dentro de mim. Tinha conseguido o primeiro emprego menos de 24 horas depois da chegada na terra da rainha, logo em tempos de dificuldades "everywhere".
No entanto, um contratempo:
André! - grita o Chef!
Hoje ficas aqui conosco. Amanhça te mando para Blackheath (simplesmente do lado mais oposto da cidade em relação onde eu moro, quase duas horas de distância com o metrô e uma troca de trem para o National Rail Service). Demais pra mim.
Estava posto um ponto final do relacionamento de quase três anos na cozinha do Francesco. Ainda tive coragem de fazer um dia de trabalho no restaurante onde o Chef me mandou, um local pequeno, de cozinha antiga e muitas coisas por ajeitar, onde o Piero (Chef Pasta do Francesco), é o responsável por um novo serviço de consultoria que o Chef oferece. Deixei avisado que não voltaria mais.
Tão rápido quanto a conquista do novo emprego foi a perda dele. Aqui em Londres é assim. Não existe meio termo.