domingo, 28 de junho de 2009

Fotos de cozinha III
















Fotos de cozinha II
















Fotos de cozinha
















Estas são fotos de trabalhos meus e da Raquel, feitos no Brasil, no tempo em que tivemos na cozinha do Hotel Jardim Europa, em Ijuí.





Sem conteúdo escrito, apenas visual.





Abraço a todos.

sábado, 27 de junho de 2009

Veja à seguir

Não é à toa, chumisco, que somos de São Luiz Gonzaga

O que fazem os mendigos em Londres

E muito mais...

Agora é hora de ir dormir.

Now you lay me down to sleep
Pray to Lord my soul to keep
If I´ll die before awake
Pray to Lord my soul to take
(Enter Sandman - Metallica)

Até a próxima

Comparando preços dos eletros

Este vídeo foi feito durante a tarde, no Makro, um dos maiores atacados de Londres.
Serve como modelo de comparação sobre o quanto, aqui, é acessível comprar eletro eletrônicos de todos os tamanhos, modelos e preços. Diferentemente daí, amigos brazucas!

The Logical Song !

Então, ficou faltando o principal na postagem anterior. Aqui vai. O vídeo.


The Logical Song

Ok. Já não é a primeira vez que ganho intimações para falar da cena musical britânica, os tops da semana e as paradas que não páram. Pois bem. Mais uma vez, vou fugir à regra.


Escolhi uma canção de um grupo britânico para sugerir aos amigos que acompanham este blog. Nada aqui é novo. Alias. Esta música tem letra tão perfeita que me faz recordar a carta 12 do Tarô. A roda da vida. Explico.

Universalmente intangível, o universo é eterno e o tempo, nada mais que uma grande ilusão, que nos faz viver neste planeta e nos coloca em rota de colisão conosco mesmos.

O que quero dizer, com isso, é que The Logical Song me parece uma das canções mais completas da existência da música universal, perfeita, imutável em todos os seus aspectos, pronta para a eternidade, tal qual a roda da vida, onde nada é novo, mas tudo se renova. Simplesmente porque é prática no que diz respeito a uma passagem de tempo imaginária, desde quando a vida nos parece tão magnífica, para o momento das responsabilidades, das idiotices, da intolerância até... se transformar num vegetal que assina. Que deve cuidar o que diz, para não ser taxado como um radical sem valor, ou, como dizem os Tramps, "um detentor de questões tão profundas para a mente de um simples homem, quando todos dormem e a noite cai".


O grupo britânico está longe de ocupar picos de paradas. Supertramp (O Grande Vagabundo) foi uma das mais originais bandas de rock progressivo da cena britânica dos anos 60. Continua matando a pau com músicas como esta, para os amantes da nostalgia e da roda da vida, como eu.


A seguir,

Letra em Inglês, traduzida para o Português e vídeo da interpretação de Roger Hodgson (valeu pipo!!), com Ringo Star na batera em 2002, numa tentativa de retomar a banda, a qual acabou fracassada por ele, o tempo, intangível, imutável...




The Logical Song


When I was young

It seemed that life was so wonderful

A miracle, oh it was beautiful, magical

And all the birds in the trees

Well they'd be singing so happily

Oh joyfully, oh playfully watching me

But then they sent me away

To teach me how to be sensible

Logical, oh responsible, practical

And they showed me a world

Where I could be so dependable

Oh clinical, oh intellectual, cynical

There are times when all the world's sleep

The questions run too deep

For such a simple man

Won't you please, please tell me what we've learned

I know it sounds absurd

But please tell me who I am

Now watch what you say

Or they'll be calling you a radical

A liberal, oh fanatical, criminal

Oh won't you sign up your name

We'd like to feel you're

Acceptable, respectable, oh presentable, a vegetable

At night when all the world's sleep

The questions run so deep

For such a simple man

Won't you please, please tell me what we've learned

I know it sounds absurd

But please tell me who I am, who I am, who I am, who I am


A canção Lógica


Quando eu era jovem

A vida parecia ser maravilhosa

Um milagre, bonita, mágica

E todos os pássaros nas árvores

Cantavam felizes

Oh cheios de alegria, oh brincalhões me observando

Mas então eles me mandaram embora para me ensinar como ser sensato

Lógico, oh responsável, pratico

E eles me mostraram um mundo

Onde eu preciso ser dependente

Oh clínico, oh intelectual, cínico

Algumas vezes, quando todo o mundo está adormecido

As perguntas correm profundamente

Para simples homens assim

Por que você não me conta, por favor me conte o que aprendemos

Eu sei que parece absurdo

Mas por favor me diga quem sou eu

Agora cuidado com o que diz

Ou eles te chamamarão de radical

Liberal, oh fanático, criminoso

Oh você não vai assinar o seu nome?

Nós gostariamos de sentir que você é

Aceitável, respeitável, oh apresentável, um vegetal

A noite quando todo o mundo está adormecido

As questões correm profundamente

Para simples homens assim

Por que você não me conta, por favor me conte o que nós aprendemo

Eu sei que parece absurdo

Mas por favor me diga quem sou eu, quem sou eu, quem sou eu, quem sou eu


OBS: A respeito de música, o top das paradas, pelo menos nos noticiários de todos os canais ingleses, continua a repercussão massiva sobre a morte de Michael Jackson. Todos os headlines da BBC dão novas informações, de hora em hora, desde o dia da morte. Continuará na pauta.

Os tópicos de discussão se viram agora para a família, o futuro dos filhos, para onde foi o dinheiro e o segundo pedido de autópsia do corpo do cantor e, ainda, a discussão sobre a devolução do dinheiro para os 50 shows que seriam realizados à partir do mês que vem, aqui em Londres, pela O2 Arena. O prejuízo é superior a £20 mi.

Abaixo robalheira! Queremos óleo mais barato!

Aqui vai o primeiro vídeo de protesto. Assista-o, e vai entender sobre o que I am talking about.
Agora é a nossa hora. Vamos iniciar a revolução por preços mais acessíveis, e consumirmos produtos mais saudáveis, e que evitam doenças do coração, como é o caro do Óleo Extra Virgem de Oliva.
Estou iniciando minha caminhada solitária, por OEVO mais baratos a todo o nosso povo brasileiro! Juntem-se a esta reivindicação!
OEVO!
OEVO!
OEVO!
VAMOS BARATEAR O OEVO!
Ou alguém aí está esquecendo que cozinhamos com azeites extremamente gordurosos e que o MEIO litro mais barato de OEVO encontrado em qualquer supermercado da nossa cidade custa, aí no Braza, não menos que 10 reais?

O por que de os pobres súditos da Rainha serem menos pobres que os pobres súditos do Lula...

... ocorre simplesmente em função da preservação dos patrimônios públicos. Vejam este caso estupendo. Absolutamente nenhuma moeda é vista ao virar do dia, quando o sol começa a rair, no fundo do pocinho mágico do monumento em homenagem à Rainha Victoria, em frente ao Palácio de Buckingham. O fato é: os mendigos daqui já não perdem tanto tempo quanto os mendigos de lá (daí).

Ok. Sem brincadeiras. Nas próximas postagens, farei a tentativa de gravar alguns momentos mostrando o que fazem pessoas que vivem nas ruas, ou pelo menos a maior parte do tempo nelas. Vendem revistas. São credenciados junto ao governo como Homeless (sem moradia), mas recebem sustento, a própria moradia e ainda, a chance de poder colecionar algumas moedas, que não são aquelas, mostradas no vídeo imaginário. A revista se chama Issue e a edição mais recente trás matéria sobre o conterrâneo deles, Andy Muray, o garoto do tênis que nunca ganhou nada, mas que conseguiu vitória hoje em Wimblendow, passando à fase dos 16 melhores.
Enquanto ele não ganha nada e os mendigos continuam colecionando moedas, vamos ao que interessa: aqui, até mendigo sabe ler e escrever.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson, mais um que se vai

Bom. O vídeo mostra o lado A da história: o ser "fã" incondicional.

O que não bate com minha própria opinião. Nunca fui fã. Mas respeito. Jackson vendeu quase um bilhão de cópias. No entanto, quem vai explicar o por que ele morreu? Muitas drogas? Ou a maior droga foi o racismo que o fenôneno global sentiu, um dia, por ele mesmo?
Bom. Para quem sempre foi contra o racismo, fica a impressão sensata de que apenas mais um se foi.
Permitam, sem mais opiniões. Deixemos que se vá.

Os testes toxicológicos vão demorar semanas para serem divulgados. E, dificilmente, a verdade sobre as drogas virá à tona.
À partir deste mês, ele faria, em Londres, num grande pacotão de contrato, um total de 50 shows no O2 Arena. Os últimos 50 da carreira, anunciados por ele mesmo.

Informações extraoficiais dão conta do uso abusado de morfina nos dias mais recentes, para acalmar a dor.
Agora, que o cara dançava, Ah! Dançava!
Talvez, o que fica de mais legal, é a influência do jass que ele teve de James Brown e outros desde o início da carreira.

Quantos taxis por minuto??

Ok, na sequência desta filmagem, a homenagem real as duas gordinhas mais queridas da minha vida (a mãe e a mana), era mostrar o Palácio de Buckingham (não sei se essa porra tá escrita de forma correta!).
No entanto, no meio do caminho, um encontro o inesperado. A necessidade imediata de fazer uma contagem. Quantos taxis, naquele dia de semana, por volta de 3 da tarde, passavam pela avenida principal que liga ao palácio da Rainha. Antes de mostrar o Palácio, vamos aos taxis...

Um intervalo nas coisas do trabalho para falar de... cultura!

Estes primeiros vídeos mostram a importância do investimento feito por uma entre tantas Prefeituras de Londres, a de Westminster, em cultura. Num único final de semana, foram organizados dois eventos, no sábado e domingo, para levar até a Praça de Leicester Square (coração de Londres), partes de todos os espetáculos de teatro do West End (região conhecida pela localização dos maiores e melhores teatros e cinemas de Londres, entre outras atrações culturais). Logo, o público pôde ter uma mostra das músicas que irão encontrar nas peças, apresentadas em inúmeros teatros do centro antigo de Londres.

O vídeo é uma palhinha do The Queen Musical, apresentado em duas sessões diárias no Dominium Theatre, em Tottenham Court Road (uma das esquinas mais movimentadas da cidade).

(Eu ainda não entendo muito desta tecnologia de MP4. Os vídeos foram gravados no telefone celular. Consegui abrir com som no PC usando o Windows Media Player. Espero que possam abrir).

Apenas um comentário sobre o West End Live: tinha muuuuuuiiita gente na fila. Era de graça e ao lado do palco, inúmeras tendas ofereciam opções de leitura, lazer para crianças, informações sobre as peças de teatro, etc e etc..) Logo, cultura significa adesão. E a adesão foi em massa. Pra que melhor propaganda dos eventos pagos do que levá-los, de graça, até a Praça?

segunda-feira, 22 de junho de 2009



Esta é a entrada principal do The Wolseley






Fachada imponente, estilo arquitetônico inigualável e luxo. Muito luxo. Esta é uma boa frase para começar descrevendo o restaurante que, em 2008, faturou "limpinho" 10 milhões de pounds (libras esterlinas - algo, hoje, superior a 30 milhões de reais). Vendendo comida mediterrânea com prioridade para a culinária francesa.




O quadro de funcionários, em todas as funções, é de quase 300. O restaurante pertence aos mega empresários da indústria alimentícia londrina Chris Korbin e Jeremy King (ex-proprietários dos restaurantes Le Caprese, The Ivy e J. Sheekey (estão entre os mais famosos da capital - foram vendidos pela dupla para que o The Wolseley tornasse realidade.




O prédio existe desde os idos de 20, quando ali funcionava uma revenda de carros da época, que quebrou devido ao alto preço cobrado por veículo. Depois disso, o Banco Barclays assumiu o local, que foi vendido à King e Korbin em 1999, para se transformar no The Wolseley, local onde jantam celebridades como Kate Moss, Anthony Hopkins, Madona e Paul (são vários...). Entre tantos outros.




O restaurante tem estilo café vienense (um dos mais famosos da Europa) e serve tudo o que se possa imaginar, desde uma simples torrada no café da manhã até pratos mais rebuscados de Scargot, ostras, carnes e massas. Sempre com muita manteiga.




Sobre a rotina da cozinha, acompanhe em breve.




Gostaria apenas de concluir, sem falsa modéstia, que não é se gabando à toa que se chega ao posto de trabalho dentro da cozinha do Wolseley. É, sim, com muuuuuito esforço, dedicação e, claro, trabalho.




Deixo, aqui, mais fotos e fico à disposição para qualquer eventualidade. Em breve, receitas e novas histórias.









Entrada, logo ao lado do Ritz Hotel, em Picaddilly St, zona central de Londres.




Alguns aspectos do café da manhã e ambiente interno

Que venha o touro em forma de beef!

Como o mais novo desempregado da capital inglesa, ainda restava uma alternativa imediata (sempre fui adepto a este pensamento: quando sair, deixe a porta aberta, caso precise retornar!). Fui até o St. Alban, onde trabalhei de 2007 até o retorno ao Brasil. Conheço todos lá. Conversei com o Chef Dale e expliquei a situação. Ele pediu desculpas porque gostaria de contar comigo na cozinha, mas estava desautorizado a contratar. Tempos de crise! Mas não me deixou partir. Fez contato imediato com o Chef do The Wolseley (o grande carro chefe da Companhia Rex - propeitária de ambos St Alban e The Wolseley). Logo na setxa-feira já estava realizando meu dia de treinamento, na frente de outros quase 40 Chefes (o Wolseley é o restaurante mais movimentado de Londres - em dias "busy" eles fazem quase mil pessoas desde o café da manhã (7h) até o final do turno do jantar (meia-noite). O Chef Julian O´Neil me mandou para casa no meio da tarde e disse:
- André, farei contato na terça-feira. Ainda tenho mais dois pretendentes à vaga para receber.
Altamente recomendado pelos Chefs do St. Alban, eu sabia que dificilmente perderia a posição, a menos que um qualquer, estilo Super Man, voasse mais rápido que eu naquela cozinha movimentada da sexta-feira.
Não deu outra. No sábado, o Chef ligou. Não esperou até a terça. Aqui em Londres é assim. Não tem meio termo. Se ele esperasse tanto, provavelmente eu já teria encaminhado outro contato para trabalhar (o que nem cheguei a pensar).
Comecei oficialmente no Wolseley hoje. Meu nome está na rota para a seção de peixes. (Outro dia contarei em detalhes a minha atividade diária). No entanto, posso adiantar que é uma das seções mais movimentadas e onde deve ser mais rápido possível, senão vai em merda "straight away". Estou trabalhando com um cara do Marrocos, Chef de Partie ( e eu achava que o japonês do St Alban (Yoshi) que era rápido no gatilho - mas esse é mais ainda. Será uma grande escola).
Não tenho medo. O trato com o inglês é diferente do que com o italiano. Não te xingam sem razão. Te oferecem tranquilidade, o que permite maior concentração. Em suma, não ficam pegando no pé.
No texto acima, um pouco da história do local onde eu estou indo trabalhar, que pertence à mesma companhia do St. Alban.

Agora é o The Wolseley!!

Ok! Aqui estamos para a primeira postagem. Gostaria, neste momento, de escrever um pouco sobre trabalho. Em tempos de crise, creio que sejam raros os casos de brasileiros que estejam enfrentando a rotina que vem acontecendo em minha vida desde o dia 08 deste mês, quando retornei à Londres.
Depois da chegada, na segunda-feira, por volta de 17h, o reencontro com a Raquel, os amigos da Jimmys House (Bolachão e Lisi) e a felicidade com a chegada sem problemas nem queda de avião, resolvi que a terça-feira seria de descanso, ao lado da Raquel. Poucas atividades, como o passeio até a esquina para lavar roupas que estavam guardadas e precisavam ganhar novo endereço, o quarto novo posto em ordem e outras cositas mas.
No entanto, já na terça pensava na volta à cozinha, uma das grandes paixões da minha vida. É claro, a escolha já havia sido feita. Era um dever retornar ao meu primeiro e grande Chef, Francesco Mazzei.
Quando retornamos ao Brasil, em fevereiro de 2008, o Chef recém tinha aberto o novo restaurante, em Liverpool St, área de negócios e muito movimentada a Leste, o chamado "novo centro comercial" de Londres. O L´Anima (Alma em italiano) já recebeu inúmeros prêmios e concorre a primeira Star Michelin (o maior prêmio de qualidade do mundo, concedido à restaurantes especiais - no Brasil deve haver menos de meia dúzia).
Pois bem. Dito e feito. Confesso que meu medo inicial não era receber um "não" escancarado. Era, realmente, de ir visitá-los e receber um "sim" escancarado. Foi o que aconteceu.
Quando o Francesco iniciou conversa, foi logo dizendo:
- Amanhã você vem às nove da manhã e começa a trabalhar.
A felicidade não cabia mais dentro de mim. Tinha conseguido o primeiro emprego menos de 24 horas depois da chegada na terra da rainha, logo em tempos de dificuldades "everywhere".
No entanto, um contratempo:
André! - grita o Chef!
Hoje ficas aqui conosco. Amanhça te mando para Blackheath (simplesmente do lado mais oposto da cidade em relação onde eu moro, quase duas horas de distância com o metrô e uma troca de trem para o National Rail Service). Demais pra mim.
Estava posto um ponto final do relacionamento de quase três anos na cozinha do Francesco. Ainda tive coragem de fazer um dia de trabalho no restaurante onde o Chef me mandou, um local pequeno, de cozinha antiga e muitas coisas por ajeitar, onde o Piero (Chef Pasta do Francesco), é o responsável por um novo serviço de consultoria que o Chef oferece. Deixei avisado que não voltaria mais.
Tão rápido quanto a conquista do novo emprego foi a perda dele. Aqui em Londres é assim. Não existe meio termo.

domingo, 21 de junho de 2009

Bem-vindos ao The London Eye

Olá a todos. Sintam-se em casa cada vez que acessarem este Blog. O objetivo principal é não ter objetivos. Nem tempo, local e razão para existir. Com o intuito de mostrar cenas cotidianas, histórias do trabalho e lazer, a vida londrina será contada aqui, sem muitos critérios, mas com a única promessa de que este será um ponto de encontro com o inusitado, "funny", extrovertido e controverso. Retornem sempre que quiserem. Em breve, informações, vídeos, entretenimento, curiosidades e variedades estarão ganhando a pauta. Voltem sempre que quiserem. E, se possível, enviem críticas ou sugestões. Até breve!