sábado, 18 de dezembro de 2010

Uma beleza de estrago

A neve. Há exatamente um ano, entre os dias 16 e 17 de dezembro, nevava forte em Londres. Hoje a história se repetiu. Tudo parou. Os ônibus estavam lotados e as linhas diminuiram a quantidade de veículos disponíveis. Milhares de pessoas se amontoavam em paradas de ônibus ao ar livre. Sob cortina branca e densa de neve.

O espetáculo da chuva sólida é lindo. E o contrário quando já está sobre o solo. A neve vira barro. Empecilho. Anúncio de perigo tanto para pedestres quanto motoristas. Equipes de ambulância tentam, à mercê do tempo, levar socorro a moradores dos rincões mais distantes.

Em torno de 20 centímetros de neve foi a conta somente para o dia de hoje no norte, Escócia, País de Gales e Inglaterra, um pouco mais acima no mapa.

O vento gelado e a temperatura de -3 graus colaboraram para uma única boa notícia: quem já está no hospital ganha atendimento 24 horas. Ou melhor, quase isso. Ocorre que os funcionários não foram para casa. Preferiram dormir no trabalho e evitar transtornos ainda maiores nas ruas congeladas. Além do mais, os hospitais estão lotados.

Aeroportos congelados e congelantes. Vôos cancelados. Milhares à espera. O metrô funcionou aos trancos. As linhas congelaram. O jogo do Arsenal foi cancelado.

Clientes no Morton´s Club e milhares de restaurantes nos arredores ligaram para cancelar reservas. Os pequenos roedores de nozes não apareceram nos troncos das árvores e as últimas folhas já estão no chão.

Acordar de manhã cedo é a maior de todas as misérias. Embora o aquecedor mantenha o quarto e a casa em condições apropriadas para tomar sorvete e ficar de camiseta de manga curta sem se preocupar. Da porta para fora a beleza do espetáculo salta aos olhos...

... orelhas, nariz, queixo, mãos, pés. Tudo esfria rapidamente.

E, para um careca como eu, manta e touca são aparatos essenciais. Sem contar o coquetel de vitaminas e pílulas que me ajudam a manter a carcassa em pé, nestes exaustivos dias finais de dezembro, com dezesseis horas de trabalho por dia. Sem parar.
Vitamina B, A to Z complexo vitamínico, cálcio, comprimidos de vitamina C, Omega 3, Ginseng. E por aí vai, no rumo de uma dosagem correta para uma rotina realmente desgastante.

Ainda não peguei gripe porque não corro atrás dela. Corro para longe, isto sim. Espero que até o dia 13 de janeiro ela não me peque.

Dia 13 muda a figura do ambiente. Brasil iu iu. Férias. Calor, sol, verão, água gelada e pés descalços. Um contraste do tamanho dos cuidados de quem pisa na neve. Não deslisar, agora, é o mais importante de tudo.


domingo, 5 de dezembro de 2010

O preço da tecnologia

É muito fácil entender a enxurrada de I Phones no mundo inteiro, com muito mais rapidez nos países mais desenvolvidos.

Ontem fomos ao mercado. Com o inverno na porta de casa, um vinho tinto sempre vai muito bem. Fizemos nossas compras de rotina e, de quebra, uma garrafa do chileno Isla Negra Cabernet Souvignon. Custa £4. O caixa, um argeliano, me recebeu com um sorriso de surpresa no momento de pagar a conta. Apresentei o I Phone com o aplicativo do próprio supermercado, o Tesco, para passar no leitor eletrônico. Na tela do celular, o código de barras para a soma de pontos em cada compra e possibilidade de descontos depois de um número X delas.

O cartão de papel do Tesco Clubcard logo estará superado por telas de celulares que viram selo magnético, a contar o tamanho das filas nas lojas da Apple e todas as suas revendedoras.

Quando renovamos nosso contrato bienal com nossas operadoras de celular, mês passado, nos ofereceram a chance de ter um Iphone "de graça" para fazer o upgrade por mais dois. Detalhe: I phone 3. No entanto, I4, a versão mais atualizada, é a que realmente leva a fila ao balcão.
Digo "de graça" porque o aparelho não custa nada, basta ter uma conta de £25 ou mais por mês, durante 24 meses. No pay as go, o mesmo aparelho custa £550.

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As prestações mensais aumentam de acordo com a realidade de cada cliente. I phone 4 com 16gb, câmera fotográfica 5.1 megapixels, flash, 600 minutos por mês, mensagens de texto ilimitadas, 500 Mb de Internet pela operadora e outro 1gb inteiro wi-fi (de onde podemos captar o sinal dos outros sem pagar!).
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Optamos por este mesmo, embora já tenham versões de 32 Gb e tudo mais, o que não é o caso da nossa necessidade.
Eu e a Raquel parecemos, as vezes, duas crianças sobre a nossa cama em momentos de descanso. Ela no I phone dela. Eu no meu.

- Vai na Loja Apple e abre entretenimentos. Olha o programa Tvguide. É de graça! - diz a Raquel.
- Daqui a pouco, amor, agora não posso. Estou "busy" baixando a última versão do Fifa 2011!

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Uma semana de Iphone 4 no bolso bastou para conseguir fazer os dowloads de graça da BBC1, Biz Sun, Telegraph, MTV news, CNN Internacional, Discovery News, Le Mond, o aplicatido do Ipod, I Tunes, as rádios Absolute 80s, Absolute 90s, Capital FM, e um programa de todas as rádios "junto reunidas".

Para um nostálgico, como eu, acreditar que tenho todas as rádios do mundo em minhas mãos sem pensar no estresse de virar a antena para captar o sinal, é praticamente um sonho que se torna realidade.
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Todas as manhãs vou ao trabalho com ele nas mãos e os fones nos ouvidos. De casa até a estação, assisto BBC live. O noticiário das sete da manhã. Naqueles próximos 20 minutos terei informação suficiente para passar o restante do meu dia dentro da cozinha sem precisar contato com qualquer tipo de mídia. Mas ele continua ali, no bolso, pronto para qualquer momento.
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Na viagem de Metro, música ou video game. Já baixei o velho Street Fighter e, na maioria das vezes, luto com o Ryu. Agora estou tentando virar com todos. Já virei com vários. Também já baixei o Assassins Creed, o Fifa, alguns de estratégia medieval, o Call of Duty, Spider Man e World War. Estou baixando o NAV Free, um sistema GPS que possibilita acessar do celular os mapas de todas as estradas do Reino Unido. O Tom Tom, o melhor programa de todos os GPSs é também o mais caro. Custa £49,99.Muito útil para quem precisa.
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A Loja da Apple é fascinante. Principalmente porque apresenta inúmeras utilidades de graça. Já baixei aplicativos da condição do tempo, atualizações do funcionamento do Metrô, mapas, wallpapers, Red Laser (leitor de códigos de barra que apresenta o preço do produto), entre tantos outros. Restaurant Review, Estaçoes de frutas e vegetais, o próprio Clubcard do Tesco, site de esportes, até a UEFA eu tenho. Sem contar calculadora, compasso, lanterna, despertador, gravadores de voz e vídeo, vídeo câmera onde faço meus ensaios curtíssimos para este blog, o Facebook, Messenger, Skie e Twitter, todos inteiros, ao meu dispor!
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Como é empolgante poder, mesmo que somente no tempo do deslocamento ao toalete, em poucos minutos, ligar o celular, conectar no messenger através da Internet Wi Fi do local onde eu trabalho, e receber um oi da mãe. Da irmã. Do irmão. Ou, com muita sorte, encontrar a Raquel também em algum momento de break. Conversas instantâneas e proximidade on line.
De algum forma, a tecnologia é confortante. Como é legal fotografar ou filmar o momento, e dividí-lo com o mundo inteiro!
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Mas o que mais me impressiona, ainda, são as coisas da realidade como um todo. Saímos do mercado, depois de ter recebido um desconto de £4 pelo Clubcard (valor que pagou o vinho!), e a Raquel falou
- Está tudo mais caro!
Foi quando veio a idéia inteira deste texto, que eu escreveria quando chegasse em casa.

- Esse é o preço que se paga por tecnologia, respondi.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A primeira neve em Londres!

A neve chegou hoje em Londres. Dezessete dias antes em relação á primeira precipitação do ano inverno passado, quando a chuva sólida aconteceu somente em 16 de dezembro, tempo considerado normal pelos especialistas do tempo.

Veio antes. E, consigo, trás vento muito gelado do Norte. No interior, os bretões sofrem com o frio glacial, vindo do polo norte. Tempestades de neve. Escolas paradas. Rodovias comprometidas. Transporte público caótico. Aumento em ocorrências de acidentes nas ruas. Principalmente envolvendo pedestres. Velhos. Crianças. Luxações e lesões em ossos e juntas.

Gente que morre de frio. O trem que não sai. A linha de transmissão que congelou. A água, cada vez mais fria. O gás, cada vez mais consumido. A reclusão dentro de casa, nos tempos de inverno. A menos que...

... este primeiro dia de neve seja num dia de folga!

Stairway to Nando´s!!

Pelos corredores do Nando´s: Jimmy e Raquel. Que tal a intimidade da baixinha""""

Ele é considerado um dos maiores e mais respeitados entre os mais adorados letristas e guitarristas da história do rock n roll. James Patrick nasceu em 1944. Inglês, como todos os bons, gosta mesmo é de comidas apimentadas, bem temperadas ou "spicy". Em todos os tons e notas. James Patrick é Jimmy Page, o fundador do Led Zeppelin. Page vai ao Nando´s comer frango grelhado com molho Peri Peri de pimenta.

"Plain (temperada apenas com sal e mais light de sabor) é que não foi. Eu estava mais prepocupada em encontrar um modo para tirar foto com ele" - exclama a Raquel.

Jimmy Page foi ao Nandos. Aliás, não foi somente uma vez. Ele vai ao Nandos de Nothing Hill. É cliente VIP como todas as outras celebridades.

"Quem tem cartão celebridade não paga conta, é marketing do Nandos", avisa a Raquel.

O detalhe é que Page esconde o cartão e paga a conta.

De acordo com a revista Rolling Stones, o solo de guitarra de Jimmy Page em Stairway to Heaven foi escolhido como o mais lindo de todos os tempos.

O inventor do Led comeu no Nandos e a Raquel viu. Somente não deu tempo para ela ter perguntado o que ele pensava quando o assunto era o conceito de banda que o Led deveria assumir, lá no início.

Ele mesmo, Jimmy Page, responde:

"Eu tinha muitas idéias dos tempos do Yardbirds. A primeira banda me ajudou muito a melhorar performance ao vivo e eu tinha um livro de notas, o qual utilizei no Zeppelin. Na soma daquelas notas, eu queria introduzir um som acustico que pudesse se tornar num casamento de blues e rock acústico com cobertura de acordes pesados, uma mistura nunca antes vista, entre a luz e a sombra musical".


Se é verdade que a pimenta faz realmente bem, então, todos juntos:
"Stairway to Nando´s"!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quem é esse tal Mr. Abela?



Ele é um dos dois filhos do mega empresário libanês Albert Abela, criador de uma indústria de alimentação que foi responsável, em anos idos, de abastecer praticamente todas as linhas aéreas do mundo. Nos anos dourados de Albert Abela, a corporação do libanês empregou mais de 30 mil funcionários em diversas partes do globo e gerou uma fortuna de mais de £500 milhões (1.5 bilhão de reais).



Mr. Albert Abela morreu em 1998. Logo depois, Marlon, o irmão e o tio, herdaram o império do empresário libanês com uma carta de restaurantes de alto padrão e pelo menos quatro hotéis cinco estrelas em Mônaco, Londres e nos Estados Unidos.




Em 2001, Marlon Abela vendeu sua parte na corporação e criou a MARC, Marlon Abela Restaurants e Catering. Ainda em 1998, quando tinha 18 anos, Marlon começou a colecionar vinhos. Hoje, conta também com a MARC wines e uma lista de 240 mil garrafas de vinho, constutuindo-se no maior colecionador de vinhos de toda a Europa.



Marlon Abela ou, a partir de agora, simplesmente Mr. Abela, tem apenas 34 anos. Em 2001 comprou e reformou o restaurante Greenhouse, em Mayfair, coração de Londres. No mesmo momento adquiriu o prédio inteiro de número 28 em Berkeley Square para abrir seu clube privado chamado Mortons. Hoje, o clube conta com mais de mil membros no prédio de estilo georgiano encravado na vertente cultural, social e aristocrática das rodas de conversas entre os melhores clubes privados de Londres.



Mesa pronta para a abertura depois de amanhã


Depois do Greenhouse foi a vez da abertura do UMU. Um dos melhores restaurantes japoneses de Londres, baseado na cultura de Kyoto e estilo gastronômico que busca a perfeição.

Ambos, UMU e Greenhouse, possuem uma estrela no ranking Michelin dos melhores restaurantes do mundo. Mr. Abela abriu também A VOCE em Manhattam, Nova York, Gaia, em Connectcut e outros dois restaurantes em Boston. A aquisição mais recente vai abrir nesta quinta-feira. Chama-se Cassis, bistrô de estilo francês provençal com possibilidade de atender entre 80 e 90 pessoas a duas quadras da Harrods, Knightsbridge, uma das áreas mais caras de Londres.



Receitas tradicionais e bom vinho

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Mr. Abela não tem meias palavras para fazer críticas aos famosos Celebrity chefs: "A comida deve falar pelos chefs", define.

Mr. Abela é considerado A list. No entanto, engana-se quem pensa que é a lista dos poshs ou aqueles que querem posar de celebridades. Ele é mais recatado do que isso. A lista a qual Mr. Abela participa é a black. Explico:

Todos os restaurantes de alto nível no mundo inteiro apresentam listas internas de avaliação de clientes. Mr. Abela aparece em inúmeras delas como um cliente indesejado, aquele que amedronta aos chefs, services e gerentes em função de ser extremamente obssessivo por perfeição em todos os sentidos: tempero, sal, apresentação, consistência, etc, etc...

Não é a toa: O Greenhouse recebeu a primeira estrela michelin com apenas quatro meses de abertura. Mesmo com toda esta pompa, o homem não aparece na mídia. Não diz o óbvio apenas para confirmar a regra. Prefere ficar nos bastidores mas não nega: em meio prazo, em torno de 10 a 15 anos, pretende que todos os seus restaurantes contem com três estrelas michelin em cada um deles. Algo demasiadamente pretensioso para qualquer dono de restaurante do mundo. Talvez um pouco mais viável para ele, Mr. Abela.

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No entanto, é no Mortons Club que ele dedica maior parte do tempo. A comida beira o simplérrimo. Estilos misturados entre o francês e o italiano, pratos com ingredientes da gastronomia mediterrânea ganham uma descrição tão simples quanto sua própria concepção e quem define é o próprio dono do império: "a boa comida deve ser simples, sempre com os melhores e mais frescos ingredientes e com o tempero correto".

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Morton´s Club é o meu local de trabalho desde junho. Entrei na cozinha do head Chef Justin Ip e do Head Chef Executivo Yvonnick Lalle na função de chef de partie, encarregado da sessão de pratos de entradas, por intermédio do meu amigo Eduardo Moraes, também chef de partie, sãoluizense e parceiro de jornadas no Mortons. Foi ele quem me indicou para a vaga. Depois de três meses, fui promovido para Jr. sous Chef e passei a trabalhar um novo desafio, ao lado do sous chef Richard Galli, outro parceiro de Criciuma e amigo do Dudu. É lá que estamos formando nosso time. É no time do Mr. Abela que estou vivendo o momento mais intenso e de maior importância na minha carreira como chef.






sábado, 30 de outubro de 2010

Entendendo a língua dos "não" nativos

Confesso que, às vezes, fico muito em dúvida:
Qual é a língua inglesa mais difícil de entender. A dos nativos que falam perfeito, ou a dos não nativos que falam um inglês shit!
Qualquer um sabe falar inglês. Somente os ingleses falam o real inglês.
A começar pelos americanos. Um inglês interiorano com EURE fourrrçado uai. Os indianos são os campeões em errar o F. Moeda de 50 para eles não é fifty, se fala pipiti.
Com os espanhóis, não tenho tido muito contato.
Mas os campeões de erros são os italianos. Estes sim deixam a desejar. Falam inglês desde crianças, e continuam crianças em termos de aprendizagem.
Soletram todas as sílabas.
- How longue!
- Unbelivebole!
- Are you goode!
My hand significa, para os filhos do império, "my ande". Have é eve. E assim vai.
Ite. My frende! Table sevene! Foode! Poisone! Girlã! Restã! Chefã! Burneeeã!
Mas o mais impressionante veio de um japonês. Vendedor de massagem na beira da praia. O cara chegou logo oferecendo:
- Wanna massá!!
Eu estava na quinta lata. Demorou pra cair a ficha.
- What!!
Ele repetiu:
- Wanna massá!!!
O restante, o vídeo explica!
Ainda entendo que, se a pessoa se puxa, lê, ouve rádio, aprende direitinho, é muito mais fácil conviver com o inglês perfeito do que com a réplica imperfeita no modo de se fazer entender.
No final das contas, tem inglês para todos os gostos e línguas. Bem ou mal falado, tudo vira uma questão de ponto de vista. Nada mais do que isso!




Perigo à vista!

Sim. Inacreditável! Nosso último dia de descanso de um total de três foi na praia, em Atenas. Não! Não é o fato de estar no mar Mediterrâneo, à beira da praia em Atenas o fato inacreditável. E sim o fato de ter de conviver com uma bandeira vermelha.

Ok. Sinceramente. Nem passou pela imaginação a cor da bandeira em relação ao time do coração. Nada disso. O inacreditável era mesmo o fato de não entender como este fato pode se tornar algo real, ou seja, realmente factível e passível de entendimento e crença!

Num mar como este, bandeira vermelha!

As far as I know, bandeira vermelha significa algum tipo de perigo mais presente. Aliás, estamos falando de uma bandeira antes da preta, confusão total!

Quando a maré está para bandeira vermelha, as ondas são mais fortes. A maré apresenta-se mais agitada. As águas reviram corpos mais frágeis e o repuxo é mais constante.

Quando eu tinha sete anos de idade, fiquei seis horas perdido nas areias de Capão da Canoa, ainda criança, por conta de ter brincado com a maré da bandeira vermelha. O mar me levou e meu pai não viu. Era uma excursão de turistas para mais um garota não sei das quantas. Quarenta pessoas mobilizaram times de buscas até me encontrar, perdido, chorando, caminhando sem rumo muito perto da Plataforma de Atlântica. No final das contas, ninguém viu a garota não sei das quantas. Culpa da maré.

Sim. Mais fácil pensar que este é um reino encantado e perdido do que acreditar que este velho e explorado mar Mediterrâneo, no pé de Atenas, apresenta bandeira vermelha. É o fim. Não afunda nem o pequeno amigo Ivo.

Viva o dia das bruxas!

A origem do Halloween permanece até os dias de hoje oculta no seu próprio significado. Acredita-se que quase um milênio antes de Cristo, os povos pagãos da Bretanha tenham criado uma forma de culto para reverenciar o final do verão e a chegada do inverno, ou simplesmente dedicar a data como uma forma de homenagear os mortos. O culto era denominado Samhain.
Até os dias de hoje, encontros de grupos de druídas modernos, místicos, gnósticos e bruxos ocorre em diversos locais da Europa, principalmente em Londres.
Um dos maiores encontros ocorre por intermédio da Livraria Tavstock, de Covent Garden, especializada em livros sobre diversas filosofias de vida, ocultismo, esoterismo ou espiritismo. Geralmente acontece nos bosques do Hampstead Heath Park.
De acordo com a tradição druída, o Samhain durava cerca de uma semana. O festival invocava o espírito dos antepassados por intermédio dos sacerdotes druídas ao seu povo. Era uma festa grandiosa e repleta de felicidade, já que o druidismo acredita na vida perfeita e absoluta no lugar dos "mortos". Também celebrava-se o encontro do céu e da terra, ou simplesmente o final das estações, entre o verão e o inverno.
Em meio ao esquisitismo católico do dia dos finados ou a festa de todos os santos, muito pouco sobrou nos dias de hoje em relação ao culto dos antigos celtas.
No entanto, o pouco que sobroou é muito bem aproveitado por aqueles todos que sabem aproveitar. Os encontros, aqui em Londres, servem para a confraternização das almas. Pessoas alegres se reunem. Discutem assuntos importantes como o cosmos, o universo, Buddha, questões filosóficas as mais variadas. Coisas da natureza. Se vestem ao rigor do simples. Geralmente mostram roupas coloridas. Rastas. Vira e mexe e são vegetarianos. Pensam positivo. Vira e mexe e deixam de lado Jesus, Pedro, e as coisas ligadas à fé das mentes materialistas.
No entanto, por falar em materialismo, o que predomina mesmo é o censo do conceito errado. O dia das bruxas nada mais é do que mais um deles, movidos pelas vendas. Fantasias e morangas. As pumpkins estão por todo o lugar.
Nos dois vídeos abaixo, a vitrine da Fortnum e Maison, a maior e mais luxuosa loja de variedades encravada em Mayfair, no coração de Londres.
O segundo vídeo num dos clubes privados mais famosos e ricos de Londres, o Morton´s, encravado na região de Mayfair, coração de Londres, local onde a parcela mais alta da sociedade dos ricos está. Por sinal e curiosidade, o local onde eu trabalho. O ambiente mostra apenas o bar, começando a ser decorado. Outro dia mostrarei o restante dos quatro andares do clube e contarei a história de um senhorzinho de 30 e poucos anos, chamado Marlon Abela.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vista panorâmica de Atenas

Atenas, vista de cima, do monte ao Lado do Partenon, local conhecido como a Prisão de Sócrates.

O fim da democracia ateniense

Para os bons historiadores e aqueles interessados em História, falar em democracia ateniense é o sinônimo de reconstituir em milênios tudo aquilo que o ocidente qualifica como o nascimento da lei, do respeito, do livre arbítrio, da dignidade, oralidade, liberdade, igualdade, e tudo mais.

Não quero, aqui, entrar nesse mérito.

No entanto, qualifico este momento como um dos mais históricos que eu já vivi. Um jornalista em férias, com a esposa, ansioso para pisar num dos locais mais sagrados do planeta: O Partenon, na rocha sagrada de Acrópolis, centro antigo de Atenas.

Tínhamos três dias de férias em Atenas, no começo de outubro. Nos hospedamos num hostel o qual eu recomendo para todos os mochileiros como nós, sem muita frescura, mas limpo e com um bom café da manhã. A escolha foi perfeita: o hostel fica ao lado da Acrópolis, cinco minutos à pé e vizinho a todas as estações centrais de metrô. Tudo, absolutamente tudo, transcorria na mais perfeita tranquilidade. Até a chegada ao portão principal.

-Estamos em greve! Ninguém pode entrar na Acrópolis! - exclamou uma funcionária do governo. Outras centenas de turistas boquiabertos também procuravam explicação.

Tentei argumentar com a menina:

- Bom dia. Sou jornalista e venho do Brasil para escrever um artigo para uma revista especializada em Arqueologia. Gostaria de entrar e tirar algumas fotos. O restante até posso fazer depois, mas preciso das fotos.

- Ninguém entra! - reforçou a grevista.

Perguntamos quem era o coordenador do movimento de greve, ela respondeu:

- Somos nós mesmos!

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À primeira vista, alguns jovens funcionários despreocupados com a dimensão do assunto davam a impressão de que aquilo tudo não passava de uma arruaça estudantil ou um movimento muito adolescente. Mas não era.

Os funcionários do governo realmente estavam em greve. A Grécia atravessa difícil crise financeira e o governo não paga funcionários há meses.

No entanto, o assunto chegou ao extremo. Barrar a entrada de turistas nos templos sagrados dos deuses gregos.

Este foi um dos momentos mais históricos de toda minha vida. Algo que jamais será visto novamente, talvez. Não se tem notícia de que, em mais de 2.500 anos, os portões dos templos sagrados tivessem sido fechados ao público por um movimento de greve!

Sim, eu sei. Daria Fantástico. Jornal Nacional, ou quem sabe a Rádio Gaúcha tivesse algum interesse.

Por outro lado, foi um momento muito pessoal. Estar lá. Na hora certa. No momento certo. Vendo tudo sem intermédio de terceiros. Ao lado do perigo!

Foi quando a polícia de choque grega chegou. A Raquel, como sempre mais precavida, esperava por mim a uns 20 metros do foco dos acontecimentos. Eu?

Bom, pelo vídeo, é muito fácil identificar o local onde eu estava!

No final das contas, ou como diz um velho amigo radialista... "entre mortos e feridos, todos se salvaram"!!

No terceiro dia da nossa visita conseguimos entrar na Acrópolis. As fotos estão postadas no meu orkut e no da Raquel. Porque momentos tão históricos precisam ser divididos com amigos e família!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O som do pedal

Oxford Circus. Meio da tarde. Me despeço da Raquel. Ela, ao trabalho. Eu, rumo à estação do metrô. Ao lado da GAP, uma ruela. Um som. Estranho, confesso. Harmonioso. Um som que ganhava a reverberação de paredes estreitas e altas dos prédios vizinhos. A ruela, até então deserta, começava a ganhar o contorno dos curiosos. Pessoas paravam para olhar. E ouvir.

Um universo paralelo, em meio ao ruído da rua. Sons de motores. Gente.
Em meio a tudo, o músico. Alheio a tudo.
Não ouvia mais nada. Apenas tocava. Com muita energia.
Tocava adiante o som da bike.
A mesma que o levaria para casa mais tarde, depois de voltar a ser uma bike.

O delicioso e doce mundo da cozinha

"Under pressure" e os movimentos e sons perfeitos do filme Ratatuille demonstram algo em torno de um bom percentual do que realmente é o fantástico mundo da cozinha profissional, gastronomia de alto padrão em escala mundial.
O restante do percentual que sobrou desta conta vai para o bolso dos bons momentos. Momentos de trabalho, é claro, mas que jamais deixam de ser igualmente prazerosos.
Muito legal na cozinha é ter a certeza de que, sempre que se constrói uma receita, há uma prova. Devo confessar, honestamente: sou um maníaco depressivo por doces.
E, momentos como estes, tenham certeza, marcam a memória de qualquer Chef para o restante de sua vida.
No entanto, se todos que lêem este texto pensam que o fato de ser um maníaco chocólatra é o momento mais interessante do vídeo, enganam-se "chocolatramente".
O melhor de tudo é saber que, mesmo "under pressure", num dos trabalhos mais exaustivos e não menos valorizados entre todas as profissões do mundo, o ser Chef revela, também, um vasto mundo de amizades. Pessoas de todas as partes do mundo. Brincadeiras. Sorrisos francos, conversa fiada.
O mundo da cozinha nos oferece a oportunidade ímpar de conhecer pessoas. E compartilhar histórias de vida. Quantos tapas de pó de cacau ganhou o Genaro?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O arranjo de Nápoles

Texto de André Pinheiro Machado
Foi quando o silêncio se fez presente. Infestou o ambiente com a ausência de tudo. Ain Soph não sentia no rosto a velocidade do vento. Não ouvia folhas e frutas caindo. Estava sentado, com as costas apoiadas no tronco daquela árvore. Tranquilo. Com os olhos fechados. Não sentia odores, via cores ou experimentava qualquer sabor. Estava ali. Simplesmente estava. Como se jamais estivera antes.

Ain Soph tinha apenas a impressão convicta de que seu nome ainda não estava completo. Decidiu que, naquela maré de ausências, simplesmente ficaria ali onde estava. Imóvel. Irredutível. Num momento de repouso naquela tarde escaldante do verão em Nápoles.
Estava mergulhado num mundo evidente e sem formas, em condições muito abstratas de sua própria existência. Sabia, no entanto, sobre a importância em definir uma posição para que pudesse sair de vez daquela situação de ausências.

Foi quando definiu sua própria posição. Imaginou um ponto. Ain Soph reconhecia que, caso houvesse algo além do nada, esse algo somente poderia começar com uma posição fixa. Esta era a primeira condição para que começasse a transformar sua própria existência.

Foi então que entendeu: um simples ponto continuará sem significado algum se não puder ser comparado com alguma outra coisa, pois continuará para sempre sendo apenas um ponto!
O único modo para tentar solucionar o mistério no qual estava imerso era inserir um outro ponto.
Quando imaginou os dois pontos, Ain Soph, instantâneamente, fez o traço mental de uma linha. Mas seus problemas não terminavam ali. Pelo contrário. Alheio às coisas ao seu redor, pois ainda não existiam coisas ao seu redor a não ser a inexistência de coisas contidas na sua própria composição, sabia que dois pontos não implicavam em medir distâncias. Ele apenas considerava que existiam duas coisas. Dois pontos capazes de conversar e interagir um com o outro, mas sem saber a que distância estavam. Era preciso haver uma terceira coisa.

Era necessário um outro ponto.


Incidentalmente, Ain Soph mostrava a si mesmo, com a criação do terceiro ponto, a existência do plano. Estava criado o triângulo. E, com ele, o todo da Geometria Plana.


No entanto, ainda não existia qualquer substância em suas idéias. Em fato, não haviam idéias como um todo, a não ser o fato de existir a distância e a possibilidade de medidas angulares. A Geometria Plana parecia incoerente aos olhos de Ain Soph.


Ele mesmo criou o abismo no qual estava prestes a atravessar. Precisava imaginar o factual. O agora. O aqui. O material. Um quarto ponto se tornou essencial, mostrando a ele que a saída era a criação da idéia de matéria. O ponto, a linha, o plano e o sólido.


Estava completa a primeira parte daquilo que poderia ser dito como o desenvolvimento do nada para a existência de alguma coisa. No entanto, nada poderia acontecer senão a posição de certos pontos em relação aos outros e a si mesmo. Uma quinta idéia era necessária: Ain Soph pensava positivamente na existência do movimento. Ain acreditava que o mundo era perfeito.


Começava a desenhar a idéia de tempo em sua mente. Sabia, desde então, que somente através do tempo e do movimento é que algum evento poderia vir a suceder. O número 5, ou a letra Hé do alfabeto Hebreu, é condicionada à Grande Mãe universal. É o útero no qual o Grande Pai, Yod, pictoricamente desenhado como o último ponto, move-se e procria a existência ativa.


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Ain Soph passou a entender a possibilidade da idéia concreta do ponto. Autoconsciente, com um passado, um presente e um futuro. Estava, assim, criando o sexto número: o autoconsciente, capaz de viver experiências. Tudo o que ele queria, naquele momento, era explorar as possibilidades da sua descoberta. Ainda não apresentava definições muito claras dos próximos números, no entanto, ainda encostado naquela árvore da vida, de olhos fechados e em silêncio, teve a lúcida sensação da presença de Sat, a essência do ser, Chit, o pensamento e Ananda, o prazer em poder estar vivendo em si mesmo. Eram o 7,8 e 9.


Abriu os olhos e entendeu a mensagem que havia recebido segundos antes. Sabia, a partir de agora, que o absoluto deve ser ou se manter como o nada até que tome consciência de suas possibilidades e venha a se juntar às vivências de todos os tipos de possibilidades.

Ergueu a cabeça e visualizou um horizonte de luz. Entendeu que as idéias de ser, pensar e viver constituem as qualidades mínimas que um ponto deve possuir se quiser contar com algum tipo de experiência real de si mesmo nos caminhos da vida. A luz, encandescente àquela altura do dia, o fez levantar. Cerrou os olhos e, quase cego de tantas evidências, viu a esfera brilhante à sua frente: trazia o número 10 e a parte que lhe faltava do próprio nome: Ain Soph Aur, "a luz infinita".

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bicicletas endiabradas!

Impossível diagnosticar com precisão o ponto de vista mais chocante na capital dos Holandeses.

O consumo de drogas dos mais variados tipos, o sexo, exposto nas vitrines das gaiolas das prostitutas e a utilização das bicicletas como o principal meio de transporte formam o triângulo mais potente nesta revoada de coisas novas aos olhos.É neste terceiro tópico que eu empresto o meu tempo.


O sistema capitalista: bikes para aluguel.

Amsterdam é particularmente atraente ao ciclismo. O plano físico da cidade é constituido de semi circulos, pontes, passagens e ciclovias. Detalhe: a cidade é plana e elevações praticamente inexistem.


Nos anos 60, em torno de 75% do movimento no trânsito era composto por ciclistas. O governo incentivou a construção de avenidas inteiras destinadas aos ciclistas e as viagens de bike eram feitas com vários propósitos: ao trabalho, para deslocamento rápido, na ligação entre distritos mais distantes ou simplesmente para um simpes passeio de camelo na beira dos canais, no centro da cidade.

No entanto, com o aumento do poder aquisitivo e a modernização que começava a acontecer por volta dos 70, o percentual de usuários chegou a cair até os 25, 30%. O trânsito de veículos aumentou e o centro da cidade ficou congestionado. Nada mais propenso na cidade do bom censo do que, é claro, revolucionar outra vez.

O governo reforçou ainda mais o apoio aos ciclistas, enumerou apelos ao verde, contou com fiéis adeptos para realizar campanhas e, mais uma vez, devolveu às ruas da cidade aquilo que sempre foi um dos pontos marcantes nas paisagens dos arredores do Rio Amstel: os camelos e seus donos endiabrados.!

Hoje, o trânsito conta com sinaleiras, estacionamentos, cemitério de bikes antigas ao céu aberto, a manutenção dos camelos como parte importantíssima no cartão postal e o lucro com o aluguel das bikes aos turistas.


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Recém hoje, nos idos de 2010, Londres acorda para a realidade plana e sem poluição do uso da bicicleta. O prefeito Boris Johnson inaugurou, há dois meses, o primeiro projeto que possibilita aos ciclistas utilizar bicicletas por aluguel. Desenvolvido pelo Transport For London, o projeto é denominado Barclays Cycle Hire e, obviamente, conta com todo o apoio do Banco Barclays.

Ao pesquisar a página deles na Internet, notamos já na apresentação a fortaleza do sistema: "utilize por onde quizes, mas devolva-a para o próximo usuário". A multa para quem retém a bicicleta ou a danifica é de 150 libras, o suficiente para comprar uma boa bike zero bala.

É assim que o sistema funciona e, como sempre diz o indelével Neto Jones: "o sistema é bruto, fio!".

Mais de 500 mil viagens à passeio ou trabalho, ou com os mais diversos fins já foram feitos por ciclistas nos camelos do Barclays e a tendência é de que o número se torne estratosférico até os meados dos jogos Olímpicos em 2012, quando o plano é tornar Londres uma das capitais mais verdes e limpas do mundo. Será?

O vídeo abaixo mostra um pouco da organização no trânsito de Amsterdam.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mais uma formatura nas nossas vidas!




Maezinha!!!!!




Corra para tua nova vida profissional com a mesma alegria e entusiasmo de uma criança curiosa!


Faça valer a pena todos os dias do teu esforço.


Entenda sempre que as portas mais pesadas ou difíceis de abrir sempre estarão à espera dos justos e honestos!


Recorda, mulher, que nascestes para servir. Pois este é o teu dever, o dever dos espíritos de bem!
Eleva tua força material ao ponto mais próximo da tua própria grandeza de espírito.
Tua vida não tem limites.
Transforma toda esta vontade de servir em realidade.
Pois sabes que podes mudar o mundo ao teu redor.

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Vai, carrega contigo para a eternidade toda esta generosidade.
Continua dividindo tudo o que podes, todos os segundos de tua vida, porque nascestes para repartir.
Continua a dança da vida sempre com o pensamento positivo, pois é assim que nos ensinas.
Afasta com teu sorriso todo o egoísmo e os males deste mundo.
E, quando o nó da solidão ou de todas as ausências apertar na garganta, feche os olhos e respire profundamente.


Segura a respiração e recorda que depois de todas as piores tempestades sempre chega o tempo da bonança.
Que a consequência da saudade é a alegria inigualável do reencontro.
Toca este barco tal qual o conduz até agora.
Somos sempre gratos por ter nos mostrado caminhos.
Por ter nos feito entender e amar.
Assim correremos o mundo sem barreiras.
E viveremos felizes para sempre.

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Aproveita este momento. Porque ele é especial.
Beija teu diploma. Abraça tuas responsabilidades e ajuda aos outros o máximo que puder.
Serviço social. Este é o teu lema.
E que os fardos pesados que atravessarão o teu caminho sejam transformados em uma carga gigantesca de conhecimento e compreensão.


Te amo muito e sou o filho mais orgulhoso deste mundo.


Tenha certeza.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Summer Solstice - Vídeos III

As ruínas da Abadia de Glastonbury.O sítio da primeira igreja cristâ no ocidente.

Summer Solstice - Videos II

Stonehenge...

Stonehenge...

SUMMER SOLSTICE - VÍDEOS

O complemento do post anterior é feito por alguns vídeos que conseguimos registrar durante momentos diversos da nossa viagem.

O que eu achei mais legal de todos foi a conversa com as ovelhas! Foi sensacional!

O passeio pela Legolândia também foi muito divertido. Não há uma preferência, em verdade. Foram todos momentos distintos de um único e grande passeio.
Vale a pena dar uma olhada!

Vídeo da chegada ao Hotel Days Inn, em Weston Super Mare.

Pubzinho de frente pro mar onde assistimos ao jogo do Brasil!!!

Vê Ado!!!!!! Eu não!!!!!!!!!!!!! Sou um "o-velho", velho!!!!!!!!!!!

OVNI nos céus de Somerset, na beira do mar!

sábado, 17 de julho de 2010

Summer Solstice



Estávamos exatamente onde queríamos estar. Durante o solstício de verão, fomos à Ilha de Avalon. Glastonbury está colorida para receber todos os interessados em viver naquele local o dia mais longo do ano. A exemplo de Stonehenge.

21 de junho. Calor. Quase nada de nuvens no céu do Oeste da Inglaterra. Estamos a caminho de Somerset.
Percorremos mais de 300 quilômetros até chegar em Weston Super Mare, na praia.
Foi lá que assistimos o Brasil vencer a Costa do Marfin na segunda partida da seleção na Copa do Mundo.


Dificuldade para encontrar hotéis com quartos vagos em todo o Oeste da Inglaterra, devido ao período do ano. Foi quando a Raquel trouxe a notícia, ainda no meio da semana:

- Reservei dois quartos em Weston Super Mare!


A viagem de carro foi a nossa primeira em cinco anos de UK. Confesso ter existido adrenalina e felicidade por estar guiando.Estradas movimentadas. Outras desertas. Vento. Trânsito na saída de Londres. Dois motoristas: O Ramon e eu. As gurias se ocupando de coisas de viagem e ouvindo música. Acompanhando o trânsito.


O GPS é um dos maiores inventos da era moderna. Não fosse ele, talvez jamais conseguíssemos chegar ao nosso destino. Ou melhor, ela. A voz feminina da gravação nos indicava os caminhos escolhidos pelo satélite.



Impressionante a viagem por microestradas onde somente um carro passa, o outro espera. Campo. Interior. Os animais. Conversamos com os animais. Eles responderam pra nós!
Companhia agradável, rádio ligado e GPS a mil.

- Enter the roundabout and take the third exit left.
- In 5.8 miles, turn right.
- Enter the roundabout and keep on left.
- Turn left than turn left.
- Turn left.
- Recalculating!

Mesmo com a precisão do GPS, insistíamos, as vezes, em olhar para a estrada e seguir rumos errados, até que naturalmente se consegue deixar guiar pelo satélite...

Recalculagem feita, adiante com a viagem. Novas paisagens.

Depois de três horas de viagem, Weston Super Mare.
Quase na divisa com o País de Gales, Weston Super Mare está localizada no canal de Bristol, litoral oeste da Inglaterra.

Antes disso, um passeio em Bath, berço arqueológico onde ainda estão as banheiras de banho comunitário datadas dos tempos dos romanos. Fotos e vídeos. Turistas lotam as ruelas da cidade. Sol e calor. Performances de artistas nas ruas.

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Chegando em Weston Super Mare, quase na hora do jogo do Brasil, uma passada rápida no hotel para o check in e o repouso das mochilas. Agora é só encontrar um lugar legal para assistir a partida, petiscar algo e tomar uma cerveja bem gelada.





Vitória do Brasil com vista ao mar.

Repouso.
Para uma segunda feira cheia. O solstício do dia 21.

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Primeira parada: Glastonbury. A cidadezinha é toda mito, lenda, história. Verdades ou mentiras, supesrtições ou credo, o fato é que a Ilha de Avalon atrai milhares todos os anos. Local sagrado de peregrinação e fonte de energia.

Água de duas fontes. A branca, rica em cálcio e a vermelha, rica em ferro.

Terra de dois caminhos. De um lado os druidas e neo druidas, celtas e povos de cultura local. Do outro, a visão mais sistemática da Igreja e da instituição religiosa por si mesma, materialista e de tendências forçosas.





A Ilha de Avalon é o berço da lenda do Rei Arthur, o cavaleiro branco e a mesa redonda. Também é a terra da deusa celta Gwin Up Nud e das damas do lago. É a casa de Morgana e da Maria, a outra.


A montanha é o ápice da jornada. O portal da vida e da morte. A passagem do mundo físico para o espiritual e vice versa. Perdida em meio a uma paisagem de planícies nos arredores, o Tor é tido como o chácra do coração energético do planeta Terra, um dos sete pontos do planeta em que estudiosos e pesquisadores associam como equivalentes aos chácras do corpo humano. Tor é o coração!

Viver momentos no topo do Tor é como rejuvenecer, recarregar as baterias da vida e reorganizar a mente com uma dose cavalar de tranquilidade e harmonia. O som é o do vento.

Em Glastonbury pode-se ver de perto as ruínas da primeira igreja cristã no Ocidente. A Abadia de Glastonbury. Além dela, locais como o Jardim do Cálice, responsável pela manutenção da fonte de água vermelha e a fonte branca que corre livremente ao lado dos muros que a separam do jardim onde está a fonte vermelha são pontos de encontro de gente de todo o tipo de credo e religião.

Conta a lenda que, no século XII, 30 monges ingleses entraram nas grutas localizadas no subterrâneo da montanha de Tor. Somente três retornaram. Um deles ficou esquizofrêmico e nunca mais conseguiu descrever o que viu lá dentro, o outro retornou surdo e mudo e o terceiro morreu logo em seguida.




A magnitite, as paredes das cavernas formadas por rochas areiosas e cheias de pedras coloridas,, a força motriz da água e o ambiente inimaginável para nós devem ter sido fatores que colaboraram para que a gruta fosse fechada ao público. A fonte, ambiente de cultos, rituais sagrados e tudo mais, ainda está lá. A água apresenta temperatura permanente de 11 graus o ano inteiro. No entanto, ninguém mais se arrisca entrar até as profundezas das galerias subterrâneas, sob o risco de perder a vida ou nunca mais voltar.

Depois de Glastonbury, seguimos viagem para Stonehenge. Foi lá que encontramos os neo druidas concluindo o dia de rituais dentro do circlo de pedras no solstício de verão, o dia mais importante do ano para eles. Era meio dia, sol ao pico, à Leste, quando chegamos. Nada mais apropriado do que o sol à Leste no dia mais longo do ano, não é mesmo!!!!





Stonehenge implica num ou talvez o mais antigo local de enterros e cerimônias de morte do planeta. Hoje salvo pela Unesco, o sítio arqueológico foi utilizado há 3.100 anos para funerais, sacrifícios e morte. No entanto, descobertas recentes indicam que o local era utilizado há mais de 8.000 anos, provavelmente por pagãos, viajantes e comunidade assentada no local.

Muitas são as hipóteses. Um observatório astronômico. Um sítio de rituais e religião. Outros sugerem que, ao longo da jornada pelo Rio Avon, Stonehenge se localizava no final do trajeto e simbolizava a passagem da vida para a morte. Especialistas e estudiosos conferem ao local a possibilidade de ter sido um campo de cura, adoração, veneração e contemplação.












As lendas arturianas indicam que Stonehenge foi o local escolhido por Merlin para que as pedras gigantescas pudessem ser utilizadas com o fim de curar.

No Livro História Regum Britanneae, escrito por Geoffrey de Monmonth no século XII, Merlin ordena a remoção das pedras com poderes de cura que, tempos idos, teriam sido levadas por gigantes para a Irlanda.

De acordo com a lenda, o Rei Aurélius Ambrósios determinou a ida de Merlin, Uther Pendragon e outros 15 mil soldados para a Irlanda em busca das pedras. Havendo falhado na jornada devido ao peso das pedras, o Rei pede a Merlin que remova por feitiço as pedras, fato aceito pelo mago.
Lendas, verdades ou mentiras, contos, fatos, enfim...
Valeu a ida.
No retorno, uma passada por Windsor e a visita à Legolândia. Diversão, aventura, risos, fotos e vídeos.


















sexta-feira, 9 de julho de 2010


Eles se encontram, no cais do porto, pelas calçadas.

Magia branca.

Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas.

Peregrinos.

Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas.

Na cozinha.

E são pingentes nas avenidas da capital.

Pedem perfeição. Concentração. Energia.

Eles se escondem pelos botecos, pelos cortiços.

Sempre na luta.

E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias.

Durante o trabalho.

Então são tragos, muitos estragos por toda a noite.

Ele olha a pequena jarra medidora a dois metros e meio de distância.

Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.

Arremessou o guardanapo metade molhado, metade seco, que acabara de enxugar as mãos.

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade.

A bolinha de papel passou ao lado da cesta. Digo, da jarrinha em cima da mesa de trabalho. Contra a parede.

Viram copos, viram mundos.


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Mas o que foi, nunca mais será.

O que foi, nunca mais será.


_____________!!!!!! ____________________


Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso.

Entre uma mesa e outra.

Viravam brasas, contavam causos, polindo as facas.

Numa cozinha de alta qualidade.

Calor intenso, café bem quente, muito alvoroço.

Uii Chef!

Arreios firmes e nos pescoços lenços azuis.

Peguei a bolinha de papel.

Jogo do osso, cana de espera, e o pão de forno.

Caminhei na direção onde ele estava, ao lado de outros três ou quatro, entre Chefs e garçons.

O milho assado, a carne gorda, a cancha reta.

Falei para ele que acertaria a pequena cesta de costas.

Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.

Concentrei e arremessei.


______________!!!!!________________


Mas o que foi, nunca mais será.

O que foi, nunca mais será!

Mas o que foi...

nunca mais será.

Será!!











domingo, 6 de junho de 2010

Vai começar mais um show na terra!

Guardo com muito carinho um dos momentos de infância que mais me marcaram quando o assunto é a Copa do Mundo: as velhas fitas de videocassete.


Nem todos nós tínhamos. Muito tempo depois, quando assisti Indiana Jones e o Templo da Perdição, provavelmente meu primeiro filme no videocassete da nossa casa, alguns anos já haviam passado desde aquela tragetória bela, mas perdedora de 1982. Uma das melhores seleções de todos os tempos?



É o que dizem.



Eu deveria ter uns 10 anos de idade. Final dos anos 80. Lembro dos dias em que terminávamos as peladas em campinhos espalhados pela cidade. Na maioria das vezes, no fundo da minha casa. Um dos melhores campos de São Luiz Gonzaga. Quatro na linha, um no gol. Postes de madeira bem trabalhados, redes, gramado impecável e bola sempre nova. Já que perdíamos quase uma por dia quando um chutão desnecessário fazia com que a bola do nosso jogo fosse parar no terreno inóspito da vizinha.
Foto: Clio Luconi



Chamávamos a vizinha de Dona China. Coitada. Hoje eu entendo o lado dela. Vira e mexe, pá! Uma bolada no vidro. Na sala. Na cozinha. Na área onde ela tomava o chimarrão. Não tinha descanso. Nós jogávamos bola no campinho todos os dias, com sol ou chuva.



Ela, por outro lado, além de aguentar nossa zoeira, tinha uma coleção de bolas de couro número cinco.



Por vezes, saíamos do meu campinho. Jogávamos no fundo do pátio do velho Guego. No Rancho e no Cluvimil. No Clube dos Médicos eu adorava!



Tinha também um campinho na esquina da casa do meu velho amigo Ale Mayer. São Luiz Gonzaga era uma cidade com muitos campinhos de futebol. A gurizada improvisava.



Como era bom aquele tempo!



Depois das partidas, por vezes, eu era convidado pelo Matheus Oliveira a dar uma passada na casa dos avós dele. Ficava longe da minha casa, para um garoto de 10 anos de idade.



Caminhava até lá por um motivo especial: Os parentes do Matheus tinham vídeocassete.



Muito mais do que isso: tinham documentários das Copas Anteriores.



Foi lá o meu primeiro contato com a seleção canarinho. Foi lá que eu vi o Pelé pela primeira vez.

O Valdir Perez e o Zico. O Doutor, fazendo gol de cabeça e o Garrincha, driblando esquisitamente na copa de 70.

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A Copa do Mundo oferece momentos inesquecíveis. Sempre.
Tenho recordação da minha primeira Copa ao vivo. Em 86. Aquele pênalti que bateu nas costas do Carlos. Jamais esquecerei a festa na Praça da Matriz, ainda em São Luiz Gonzaga, depois do pênalti do Baggio. Também faz parte das lembranças o quanto foi chato ter assistido, em Ijuí, aos 3x0 e o passeio de Zidane sobre a nossa seleção "adoecida" em 98.


Vai começar mais uma Copa do Mundo. Hoje, vejo o espetáculo sob uma outra óptica: com os olhos de um profissional de imprensa.



Ontem à noite, a ITV4 apresentou na TV aberta britânica um documentário de uma hora. "Como vencer a Copa do Mundo". Depoimentos de personagens centrais em Copas anteriores e, claro, matemática e estatística. Aliás, um programa inteiro baseado em números das últimas cinco copas.



O melhor goleiro. Os quesitos de defesa. Desarme. Erros ao sair jogando, passes corretos. Na meia cancha, avaliações de posicionamento, roubadas de bolas, passes corretos e investidas ao campo adversário. Aos atacantes, gols. Aproveitamento. Cobranças de faltas. Quem fez mais gols de pênaltis. Nas penalidades, os ingleses aparecem no último lugar entre as 32 seleções classificadas para a Copa da África de 2010.



Fiquei bobo assistindo o programa. Tudo muito perfeito. Para comprovar que os números podem sim, impor favoritismo, o óbvio: na soma de todos os quesitos avaliados, o Brasil é o principal candidato ao título.



Ainda baseado nas estatísticas do programa, uma provável final será entre Brasil e França.



Voltando ao dia a dia dos jornais, fala-se muito na Espanha, por aqui, como adversária do Brasil na final.

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Quero ficar incomunicável com o mundo caso tenha que trabalhar em dia de jogos do Brasil. Quero conversar somente comigo. Não ouvir. Passar o dia inteiro envolvido. Não pensar. No retorno à casa, por volta de onze da noite, não farei esforço para procurar jornais atirados no Metrô. Não quero comoção. Nem curiosidade.



Em verdade, não quero nem pensar.



Tudo o que quero é poder chegar em casa alheio aos resultados. Tomar um banho, ligar a TV e o computador e me concentrar em qualquer site ou um dos inúmeros programas que estarão passando as reprises dos jogos inteiros.



Quero desmistificar o tempo, já que ele é uma mera ilusão. Quero poder assistir o jogo da minha seleção a meia noite com os mesmos olhos de quem já olhou durante a tarde. Quero, no final dos 90 minutos, saber aquilo que o mundo todo já sabia. Não importa o tempo.

Importa, sim, a facilidade com que as novas tecnologias invadem os nossos lares. Importa, sim, o quanto gelada estará a minha cerveja. Melhor ainda se o dia seguinte for de descanso.



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O grupo do Brasil é o mais forte de todos. A seleção do Brasil é uma das mais fortes de todas. Aposto no Brasil. As semifinais terão, no meu modesto ponto de vista, Brasil, Alemanha, Holanda e França. Chegou a hora de vingar a final de 1998!
Antes do ponto final, e da Jules Rimet no Palácio do Planalto em julho, ainda quero esquecer que Leonel Messi e Cambiasso podem, sim senhor, fazer toda a diferença!

Vai começar mais uma Copa do Mundo. Seja a hora que for, será imperdível. Será tecnologicamente inegável e supostamente inimaginável.

domingo, 30 de maio de 2010

Bleeding Heart, foi uma onda rasa que passou...



Mal começou e já teve um fim. Terminou mais uma etapa profissional na minha vida de cozinha aqui em Londres. Há quase dois meses, havia iniciado a trabalhar pela primeira vez na City (parte de Londres onde os negócios prevalecem, empresas, bancos, advogados, profissionais liberais e outros que se ocupam de horários comerciais em escritórios), um pouco mais distante das atrações turísticas mais badaladas...

O Restaurante se chama Bleeding Heart Restaurant. Comida francesa. Local movimentado com quatro ambientes, o restaurante maior, um bistrô, a taverna (aberta desde 1736) e uma cripta.
Teto baixo, cheiro de madeira antiga, atmosfera impressionante e, principalmente, um local para negócios.
Disse o jornal The Independent - "O Bleeding Heart Restaurant" conta com as melhores salas para reuniões e jantares privados em Londres".
Outra verdade é que o Bleeding Heart também conta com uma das melhores adegas de vinhos franceses da cidade.
À parte estes ambientes de frente, a vida na cozinha foi totalmente diferente.
Local de muita produção e um time em torno de 20 Chefs para atender três cozinhas diferentes.

Minha experiência foi num Bistrô mal conduzido, com reputação baixa e que recomeça a ganhar movimento depois de um período em que o Head Chef anterior ganhara um ponta pé na bunda por conta da cozinha sem qualidade que servia.
Os problemas continuam. No Bistrô trabalham ingleses e argelianos. Nenhum dos meus outros quatro colegas de Bistrô conhece uma cozinha de verdade. Dois são gurizões, outros dois se criaram em gastro pubs.

Embora o trabalho seja de extrema facilidade para mim, é de muita dificuldade para eles. Erros craxos no serviço e pratos mal apresentados.
A única certeza, que em verdade são duas, é que foi uma experiência legal. E que, mesmo se o novo emprego não surgisse agora, começaria a procurar por um outro muito em breve, tenho certeza.
Mas antes disso, um pouco de história e, claro, os vídeos do local.
A começar pelo nome. Bleeding Heart significa "coração sangrando".

A obra é do poeta mais famoso da Inglaterra. Charles Dickens visitava o Bledding Heart, fato que colaborou para que o local recebesse intelectuais e gente célebre.
Conta Dickens em sua poesia que, de tão apaixonada pelo companheiro, a mulher que o vê traindo rasga o peito e retira o próprio coração em desespero. Agora, se a poesia foi, um dia, um fato real, não posso afirmar... mas até a rua onde o restaurante se localiza chama Bleeding Heart Yard. Então, vamos a ele...






sábado, 15 de maio de 2010

Viagem ao mundo do sexo - proibido para menores...

O bairro da luz vermelha, em Paris.

Quando Joseph Khalifa e seus três sócios decidiram abrir o Musée de´lerotisme em Paris, na área de Pigalle, acabaram colaborando para a criação de uma atração turística naquela parte da capital francesa, decaída e sem muitas novidades com exceção da tradicional zona vermelha, o Moullin Rouge.
Esculturas, desenhos, pinturas e anedotas...sexuais!
Um banquete diferente... e uma sentada medieval!
Já aqui, uma sentada moderna. Ao lado, até ele mesmo se assusta...
Arte e riso...

A cultura do detalhe...

E não pouparam esforços. Decidiram reformar um antigo cabaré de sete andares e montar um dos quatro maiores museus eróticos do mundo. Do mesmo porte do museu em Paris, somente em Amsterdã, na Holanda, Barcelona, na Espanha e Berlim, na Alemanha.
Diferentemente dos outros museus, o francês tem foco em arte contemporânea e fotografia. O museu conta com sete andares e fica aberto até a uma da madrugada.
Este foi um dos locais que visitamos em fevereiro, quando fomos em Paris.

O local nem de longe lembra uma cena vulgar. As escadas são de mármore, a iluminação é adequada e os trabalhos coletados ao longo de séculos por artistas de várias partes do mundo estão muito bem expostos.

Trata-se de um ambiente onde entram pessoas de todas as idades, maiores, é claro.

Vale a pena dar uma...
olhada.

E conferir como faziam os antigos, os médio antigos e como continuamos nós, gente moderna, tratando do mesmo assunto: sexo!