terça-feira, 20 de abril de 2010

As cores do parque


























Sábado. Quatro horas da tarde. Metrô pára em Regents Park. Centro de Londres. Caminhada de 15 minutos. Lado inverso do parque. London Zoo. Ao lado do playground.
O sol. Gente. Esportes. Cerveja. Um outro lugar além do rush e do movimento. Um dia de folga. Tempo maior. Menos o que fazer.
Toalha. Talheres. Tábua de corte de plástico. Toalha. Guardanapos. Amigos. Comida. Bebida. Uma bola. Proseco. Outra bola. Embaixadinhas. Espanhóis, italianos e brasileiro na roda. Toque de bola. Outra bola. A da criança. Bolinhas de sabão. Balanço. Dia claro. Luz.

A projeção do que procuramos entender.

Zoo ao lado. Tamanduás.
Bolo de chocolate. Vento. Brisa fria. Sol que vai. Noite que vem. Restos do que sobrou. Dia de folga que se vai. Dia de movimento que se aproxima. Mais um "off" que fica. Na FOTO. No olho. Na mente.









domingo, 11 de abril de 2010

Grande exposição London Borough Market - parte I


Prepare-se com um cafezinho de acordar para as coisas que eu vou contar agora.



São as delícias da maior feira de rua da Europa. Uma das maiores do mundo. Estamos chegando em London Bridge, às margens do Tâmisa. Num lindo dia de outono e temperatura agradabilíssima. Para afastar o pessimismo do frio...


















Delícias...




A idéia que nasceu da primeira lei hermética, a Lei do Mentalismo, se tornou realidade quando a Giane consultou o mapa: sexta-feira é dia de feira também. Avisou o Dudu e contou para a Raquel. A dona Carmem já estava pronta, diretamente de São Borja para... abram-se as cortinas...a idéia, uma vez mentalizada, é colocada em prática...

LONDON BOROUGH MARKET




No pé da Catedral de Southwark inicia a feira. Uma das maiores e de mais qualidade no mundo inteiro, com companhias e indústria de alimentos que cobrem desde todos os tipos de vegetais disponíveis no mercado, passando por frutas, legumes, peixes, carnes e derivados, queijos, produtos típicos de vários países do mundo, etc.
A história mais recente do London Borough Market teve início em 1276, embora fontes de pesquisa indiquem que deve ter existido muito antes, ainda no período romano.



No London Borough Market vende-se o Monkfish, esse monstro horrendo aí ao lado, que possui uma das melhores e mais saborotas postas de carne pura de peixe da história de qualquer peixeiro, banca do peixe ou hábito do cliente.










O camone tomato e o atum fresco...
















... estão expostos nas prateleiras de produtos de alguns dos mais TOP entre produtores e distribuidores, como os artesãos da comida do DeGustibus, Furness Fish e Games Supplies, Peter Gott e Sillfield Farm e a companhia espanhola Brindisa.

Fomos conferir! Eu, a Raquel, a Carmem, Gi e Dudu.







Repare na felicidade da Raquel ao ver...


















OS GOGUMELOS GIGANTES...










E A BELEZA DAS FRUTAS...













E VEGETAIS VARIADOS....

























sem contar a variedade absurda de peixes, frutos do mar e derivados...















espécies de couro....













AZEITONAS...















compotas...



















e a variedade de cor, gente e sabor...













produtos do sul da Itália lembram a cozinha calabresa do mestre Francesco Mazzei...




















E o que nos resta, no meio da tarde, não fossem os experimentos. Queijos, presuntos...












E o pão assado...















E olha que não somos os únicos. Muito do que se venda na feira fica por ali mesmo, em restaurante charmosos, bares, pubs e tapas.











Para alimentar também o julgamento dos críticos e seus programas de gastronomia.











E para alimentar os olhos dos mais críticos que, como eu, enxergam além do produto final. Com todo respeito aos amigos do suco, esta bandaca poderia estar melhor. Graças a eles, essa foto ganhou em excelência. Eu chamaria de "O explendor da bagunça e do sabor".










Ok. Uma quebra no visual. Da bagunça para a harmonia.














Atenção na apresentação dos produtos




















E na confecção dos alimentos.













Mas, como é óbvio na terra da rainha, mesmo com tantas variedades, sempre vai ter um ingês fanático por Hot Dog. No London Borough Market e comento cachorro quente hein!!! Tio!
Deixa diuuusssooo!!!




sexta-feira, 2 de abril de 2010

Os saltinbancos londrinos

Mais uma vez, Covent Garden. No caminho dos mercados, a feira ganha cor. Eles estão nas ruas. Artistas do povo. Célebres candidatos ao "pound nosso de cada dia".
Ganham a vida assim.
Vivem assim.
São felizes assim?


Música em Covent Garden

Entre uns e outros, a pausa para o café. O cardápio à mesa.

O aroma e o sabor. A atmosfera. A melodia.

Pausa para o descanso. Tempo de filmar.

Em Covent Garden, não há tristeza.

Há musica todo o dia.

Para qualquer idade apreciar.

Vida de porcos

Ele não é um artista de rua, como parece


O morador de rua Vanderlei Pires foi pichado com tinta prata enquanto dormia na esquina da Rua Lobo da Costa com a avenida João Pessoa na madrugada de hoje, conta a matéria publicada no site da RBS.
Além disso, segundo uma testemunha, jovens teriam parado um carro e urinado nos pés do homem. Pires não percebeu as agressões. Com sinais visíveis de embriaguês, dormia no momento em que o spray prata cobriu seu corpo. Antes da urina.
Seria esta apenas uma questão de desigualdade social, falta de uma política mais eficiente no trato com mendigos, desemprego, alcoolismo e marginalidade, ou também inclui-se aqui mais um ítem, e o mais nojento de todos: a falta de educação grotesca de uma nação?
Logo, quem desceu de um carro para urinar, possui um automóvel. Correto. Deve possuir também um bom emprego que o possibilite comprar o automóvel. Ou, na pior das hipóteses, ganhou de presente de um pai rico. Ninguém anda de carro sem condições para tal.
O mesmo vale para quem picha. Uma lata de spray, hoje, não deve custar menos que uns R$15!
Por outro lado, cometem atos de vandalismo, como urinar no mendigo. Parece até hilário, mas reflete a impunidade.
Falta de educação. Falta de bom censo. Responsabilidade. Amor ao próximo. Falta tudo.
Numa sociedade como a nossa falta, principalmente, amparo aos que realmente precisam.
E, não menos preocupante, falta educação e cultura. Educação e cultura são sinônimos diretos de respeito.




Ele aprendeu a ser um artista de rua. Tem emprego, sente-se integrado à sociedade

Mendigo, ou moradores de rua aqui, somente vivem na rua se quiserem. Possuem albergues disponíveis pelo governo. Também são convidados a produzir. Um dos casos mais conhecidos pelas ruas de Londres é o da revista Issue. Ao que tudo indica, a produção de todo o conteúdo, edição e distribuição são feitos pelos próprios ex-mendigos. Eles mesmos vendem o produto que fabricam.

Entre uma centena de exemplos práticos de inclusão social, o da Issue é o mais visto. Exemplo de pessoas que não são mais dependentes do álcool, usan Nike, lêem, escrevem boas reportagens e ganham dinheiro para se sustentar.

Pessoas que se respeitam. Não urinam nas cabeças dos mais fracos. Brincam com turistas e fazem poses para fotografias. Vale tudo na vida de um ex-morador de rua em Londres. Só não vale desrespeitar o próximo, muito menos andar de carro. Porque dirigir seu próprio carro, em Londres, custa muito caro.

Vandalismo, aqui, dá cadeia. No Brasil, é o motivo do riso e da chacota de meia dúzia de mal educados. Filhinhos de papai. Ricos do que? De dinheiro?

Ricos de pobreza espiritual. Ricos de coisas materiais. Ricos com suas cabeças cheias de porcaria.

Logo, porcos mal educados com dinheiro no bolso.