segunda-feira, 19 de julho de 2010

Summer Solstice - Vídeos III

As ruínas da Abadia de Glastonbury.O sítio da primeira igreja cristâ no ocidente.

Summer Solstice - Videos II

Stonehenge...

Stonehenge...

SUMMER SOLSTICE - VÍDEOS

O complemento do post anterior é feito por alguns vídeos que conseguimos registrar durante momentos diversos da nossa viagem.

O que eu achei mais legal de todos foi a conversa com as ovelhas! Foi sensacional!

O passeio pela Legolândia também foi muito divertido. Não há uma preferência, em verdade. Foram todos momentos distintos de um único e grande passeio.
Vale a pena dar uma olhada!

Vídeo da chegada ao Hotel Days Inn, em Weston Super Mare.

Pubzinho de frente pro mar onde assistimos ao jogo do Brasil!!!

Vê Ado!!!!!! Eu não!!!!!!!!!!!!! Sou um "o-velho", velho!!!!!!!!!!!

OVNI nos céus de Somerset, na beira do mar!

sábado, 17 de julho de 2010

Summer Solstice



Estávamos exatamente onde queríamos estar. Durante o solstício de verão, fomos à Ilha de Avalon. Glastonbury está colorida para receber todos os interessados em viver naquele local o dia mais longo do ano. A exemplo de Stonehenge.

21 de junho. Calor. Quase nada de nuvens no céu do Oeste da Inglaterra. Estamos a caminho de Somerset.
Percorremos mais de 300 quilômetros até chegar em Weston Super Mare, na praia.
Foi lá que assistimos o Brasil vencer a Costa do Marfin na segunda partida da seleção na Copa do Mundo.


Dificuldade para encontrar hotéis com quartos vagos em todo o Oeste da Inglaterra, devido ao período do ano. Foi quando a Raquel trouxe a notícia, ainda no meio da semana:

- Reservei dois quartos em Weston Super Mare!


A viagem de carro foi a nossa primeira em cinco anos de UK. Confesso ter existido adrenalina e felicidade por estar guiando.Estradas movimentadas. Outras desertas. Vento. Trânsito na saída de Londres. Dois motoristas: O Ramon e eu. As gurias se ocupando de coisas de viagem e ouvindo música. Acompanhando o trânsito.


O GPS é um dos maiores inventos da era moderna. Não fosse ele, talvez jamais conseguíssemos chegar ao nosso destino. Ou melhor, ela. A voz feminina da gravação nos indicava os caminhos escolhidos pelo satélite.



Impressionante a viagem por microestradas onde somente um carro passa, o outro espera. Campo. Interior. Os animais. Conversamos com os animais. Eles responderam pra nós!
Companhia agradável, rádio ligado e GPS a mil.

- Enter the roundabout and take the third exit left.
- In 5.8 miles, turn right.
- Enter the roundabout and keep on left.
- Turn left than turn left.
- Turn left.
- Recalculating!

Mesmo com a precisão do GPS, insistíamos, as vezes, em olhar para a estrada e seguir rumos errados, até que naturalmente se consegue deixar guiar pelo satélite...

Recalculagem feita, adiante com a viagem. Novas paisagens.

Depois de três horas de viagem, Weston Super Mare.
Quase na divisa com o País de Gales, Weston Super Mare está localizada no canal de Bristol, litoral oeste da Inglaterra.

Antes disso, um passeio em Bath, berço arqueológico onde ainda estão as banheiras de banho comunitário datadas dos tempos dos romanos. Fotos e vídeos. Turistas lotam as ruelas da cidade. Sol e calor. Performances de artistas nas ruas.

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Chegando em Weston Super Mare, quase na hora do jogo do Brasil, uma passada rápida no hotel para o check in e o repouso das mochilas. Agora é só encontrar um lugar legal para assistir a partida, petiscar algo e tomar uma cerveja bem gelada.





Vitória do Brasil com vista ao mar.

Repouso.
Para uma segunda feira cheia. O solstício do dia 21.

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Primeira parada: Glastonbury. A cidadezinha é toda mito, lenda, história. Verdades ou mentiras, supesrtições ou credo, o fato é que a Ilha de Avalon atrai milhares todos os anos. Local sagrado de peregrinação e fonte de energia.

Água de duas fontes. A branca, rica em cálcio e a vermelha, rica em ferro.

Terra de dois caminhos. De um lado os druidas e neo druidas, celtas e povos de cultura local. Do outro, a visão mais sistemática da Igreja e da instituição religiosa por si mesma, materialista e de tendências forçosas.





A Ilha de Avalon é o berço da lenda do Rei Arthur, o cavaleiro branco e a mesa redonda. Também é a terra da deusa celta Gwin Up Nud e das damas do lago. É a casa de Morgana e da Maria, a outra.


A montanha é o ápice da jornada. O portal da vida e da morte. A passagem do mundo físico para o espiritual e vice versa. Perdida em meio a uma paisagem de planícies nos arredores, o Tor é tido como o chácra do coração energético do planeta Terra, um dos sete pontos do planeta em que estudiosos e pesquisadores associam como equivalentes aos chácras do corpo humano. Tor é o coração!

Viver momentos no topo do Tor é como rejuvenecer, recarregar as baterias da vida e reorganizar a mente com uma dose cavalar de tranquilidade e harmonia. O som é o do vento.

Em Glastonbury pode-se ver de perto as ruínas da primeira igreja cristã no Ocidente. A Abadia de Glastonbury. Além dela, locais como o Jardim do Cálice, responsável pela manutenção da fonte de água vermelha e a fonte branca que corre livremente ao lado dos muros que a separam do jardim onde está a fonte vermelha são pontos de encontro de gente de todo o tipo de credo e religião.

Conta a lenda que, no século XII, 30 monges ingleses entraram nas grutas localizadas no subterrâneo da montanha de Tor. Somente três retornaram. Um deles ficou esquizofrêmico e nunca mais conseguiu descrever o que viu lá dentro, o outro retornou surdo e mudo e o terceiro morreu logo em seguida.




A magnitite, as paredes das cavernas formadas por rochas areiosas e cheias de pedras coloridas,, a força motriz da água e o ambiente inimaginável para nós devem ter sido fatores que colaboraram para que a gruta fosse fechada ao público. A fonte, ambiente de cultos, rituais sagrados e tudo mais, ainda está lá. A água apresenta temperatura permanente de 11 graus o ano inteiro. No entanto, ninguém mais se arrisca entrar até as profundezas das galerias subterrâneas, sob o risco de perder a vida ou nunca mais voltar.

Depois de Glastonbury, seguimos viagem para Stonehenge. Foi lá que encontramos os neo druidas concluindo o dia de rituais dentro do circlo de pedras no solstício de verão, o dia mais importante do ano para eles. Era meio dia, sol ao pico, à Leste, quando chegamos. Nada mais apropriado do que o sol à Leste no dia mais longo do ano, não é mesmo!!!!





Stonehenge implica num ou talvez o mais antigo local de enterros e cerimônias de morte do planeta. Hoje salvo pela Unesco, o sítio arqueológico foi utilizado há 3.100 anos para funerais, sacrifícios e morte. No entanto, descobertas recentes indicam que o local era utilizado há mais de 8.000 anos, provavelmente por pagãos, viajantes e comunidade assentada no local.

Muitas são as hipóteses. Um observatório astronômico. Um sítio de rituais e religião. Outros sugerem que, ao longo da jornada pelo Rio Avon, Stonehenge se localizava no final do trajeto e simbolizava a passagem da vida para a morte. Especialistas e estudiosos conferem ao local a possibilidade de ter sido um campo de cura, adoração, veneração e contemplação.












As lendas arturianas indicam que Stonehenge foi o local escolhido por Merlin para que as pedras gigantescas pudessem ser utilizadas com o fim de curar.

No Livro História Regum Britanneae, escrito por Geoffrey de Monmonth no século XII, Merlin ordena a remoção das pedras com poderes de cura que, tempos idos, teriam sido levadas por gigantes para a Irlanda.

De acordo com a lenda, o Rei Aurélius Ambrósios determinou a ida de Merlin, Uther Pendragon e outros 15 mil soldados para a Irlanda em busca das pedras. Havendo falhado na jornada devido ao peso das pedras, o Rei pede a Merlin que remova por feitiço as pedras, fato aceito pelo mago.
Lendas, verdades ou mentiras, contos, fatos, enfim...
Valeu a ida.
No retorno, uma passada por Windsor e a visita à Legolândia. Diversão, aventura, risos, fotos e vídeos.


















sexta-feira, 9 de julho de 2010


Eles se encontram, no cais do porto, pelas calçadas.

Magia branca.

Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas.

Peregrinos.

Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas.

Na cozinha.

E são pingentes nas avenidas da capital.

Pedem perfeição. Concentração. Energia.

Eles se escondem pelos botecos, pelos cortiços.

Sempre na luta.

E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias.

Durante o trabalho.

Então são tragos, muitos estragos por toda a noite.

Ele olha a pequena jarra medidora a dois metros e meio de distância.

Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.

Arremessou o guardanapo metade molhado, metade seco, que acabara de enxugar as mãos.

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade.

A bolinha de papel passou ao lado da cesta. Digo, da jarrinha em cima da mesa de trabalho. Contra a parede.

Viram copos, viram mundos.


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Mas o que foi, nunca mais será.

O que foi, nunca mais será.


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Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso.

Entre uma mesa e outra.

Viravam brasas, contavam causos, polindo as facas.

Numa cozinha de alta qualidade.

Calor intenso, café bem quente, muito alvoroço.

Uii Chef!

Arreios firmes e nos pescoços lenços azuis.

Peguei a bolinha de papel.

Jogo do osso, cana de espera, e o pão de forno.

Caminhei na direção onde ele estava, ao lado de outros três ou quatro, entre Chefs e garçons.

O milho assado, a carne gorda, a cancha reta.

Falei para ele que acertaria a pequena cesta de costas.

Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.

Concentrei e arremessei.


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Mas o que foi, nunca mais será.

O que foi, nunca mais será!

Mas o que foi...

nunca mais será.

Será!!