Eles se encontram, no cais do porto, pelas calçadas.
Magia branca.
Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas.
Peregrinos.
Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas.
Na cozinha.
E são pingentes nas avenidas da capital.
Pedem perfeição. Concentração. Energia.
Eles se escondem pelos botecos, pelos cortiços.
Sempre na luta.
E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias.
Durante o trabalho.
Então são tragos, muitos estragos por toda a noite.
Ele olha a pequena jarra medidora a dois metros e meio de distância.
Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.
Arremessou o guardanapo metade molhado, metade seco, que acabara de enxugar as mãos.
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade.
A bolinha de papel passou ao lado da cesta. Digo, da jarrinha em cima da mesa de trabalho. Contra a parede.
Viram copos, viram mundos.
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Mas o que foi, nunca mais será.
O que foi, nunca mais será.
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Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso.
Entre uma mesa e outra.
Viravam brasas, contavam causos, polindo as facas.
Numa cozinha de alta qualidade.
Calor intenso, café bem quente, muito alvoroço.
Uii Chef!
Arreios firmes e nos pescoços lenços azuis.
Peguei a bolinha de papel.
Jogo do osso, cana de espera, e o pão de forno.
Caminhei na direção onde ele estava, ao lado de outros três ou quatro, entre Chefs e garçons.
O milho assado, a carne gorda, a cancha reta.
Falei para ele que acertaria a pequena cesta de costas.
Olhos abertos, o longe é perto e o que vale é o sonho.
Concentrei e arremessei.
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Mas o que foi, nunca mais será.
O que foi, nunca mais será!
Mas o que foi...
nunca mais será.
Será!!
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