sexta-feira, 26 de março de 2010

"Não censurem o "meow meow", ofereça-o em casas noturnas em porções seguras"



Uma das deduções entre as mais difíceis de publicar, mas que está jogado na cara de todos nós. Uma das piores de todas as drogas. O álcool As cartas estão postas sobre a mesa. Até quando esta verdade será escodida de nós e por nós mesmos?


O artigo assinado por Jasmine Gardner, no Jornal Evening Standar, revela os motivos pelo qual o professor David Nutt foi demitido do cargo de conselheiro do governo britânico, o uso de drogas e os modos como ele aconselha os filhos




Por Jasmine Gardner




Quando dois adolescentes e uma moça de 24 anos de idade aparecem mortos e uma nova (e presente) droga chamada Mephedrone (4 methylmethcathinone 4-methylephedrone "meow meow") é a primeira suspeita da das mortes, os parentes caem no abismo do pânico, inevitavelmente.


Logo, aúltima coisa que os pais querem ouvir é que, em fato, o álcool é provavelmente mais perigoso do que meow meow e certamente gera um rastro de destruição muito maior que uma série de outras drogas como o LSD, cogumelos mágicos, maconha e ecstasy.


Esta conclusão pesou na queda do conselheiro do governo.


"Para mim, um pai de quatro filhos com idades entre 18 e 26, a droga que eu reconheço, poderia matá-los, é o álcool. Esta é a droga que tem causados os maiores problemas na geração dos meus filhos e apenas sinto que devo ser honesto sobre isso", -comentou Nutt numa das salas do Centro Britânico de Estudos para o Crime e a Justiça, em Londres.


Por todo este significado é que o professor clama por sua saída controversa como uma das cadeiras no Conselho de advertências do Departamento de Drogas do Estado depois de ter escrito um artigo em outubro do ano passado, entitulado Os danos estimados das drogas: um negócio de risco?


Neste documento, o especialista aborda os 10 anos de um projeto científico que comprova por todos os argumentos que o álcool é a quinta droga mais poderosa na escala completa, atrás apenas da heroína, cocaína, barbitúricos e methadone (a substituda do ópio) e outras drogas da classe A como o LSD e o ecstasy.


Outro argumento que detonou a paciência dos conservadores foi o fato de que o professor criticou a decisão da ex-secretária de Estado, Jacqui Smith´s em reclassificar a maconha, considerada droga de nível C, menos danosa do que o cigarro e o álcool, para droga do nível B BASEADO no que o especialista chama de "princípio de precaução" do que evidências específicas.




A ex-secretária também recusou o rebaixamento do ecstasy da classe A para a classe B, indo de encontro à premissa científica que comprova que mais pessoas morrem em eventos equestres do que por terem ingerido o comprimido da alegria.


"Eu tenho assistido aos especialistas perguntados na TV: qual a substância mais danosa, o álcool ou ecstasy? O álcool ou a maconha? E eles sempre tentam desviar o assunto", - desabafa.


"Eventualmente algém fala a verdade. Eu decidi que também falaria e isto é o que acontece" - emendou.


O professor também sofreu pressão para se reportar depois de ter dado uma entrevista na BBC que levou ao desabamento do sistema eletrônico da emissora dado ao tamanho borburinho da audiência, detalhe que resultou numa intervenção do Escritório do Estado porque o professor falava do perigo real das drogas e da quetamina.


Oficialmente, Nutt é acusado pelo governo por fornecer mensagens desencontradas sobre as drogas.


O professor se defende:


"O que eu tenho dito é que o álcool é mais perigoso em potencial do que o governo está preparado para admitir".


Outro duelo de titãs no mundo do controle ocorreu quando, inexplicavelmente, o governo alterou para classe A o consumo do cogumelo mágico, o que o professor não hesitaria em admitir que deve permanecer na classe C. Estudos de 1993 até o ano 2000 informou 5.737 mortes pelo uso da heroína contra apenas uma pela ingestão dos cogumelos mágicos.


O professor se tornou tão popular que comunidade orkutica soma mais de 30 mil membros apoiando as idéias comprovadas pela ciência.


O apelo têm sido tão forte que conta ainda com corrente capaz de tentar sugerir a distribuição de drogas consideradas ilegais em estabelecimentos como casas noturnas e boates, com dosagens controladas e sob orientação.


Seria melhor do que forçar jovens a tomar o álcool porque é legal sob o pânico de ver suas vidas arruinadas somente pelo fato de pensar em consumir drogas ditas ilícitas. Evitaria também a caminhada ao mercado clandestino.




"Eu converso com meus filhos da mesma forma como estamos conversando agora: eu ficaria realmente incomodado se soubesse que qualquer um de vocês esteja usando heroína, crack e cristal meth, drogas que tem o potencial de matar. Sobre a bebida, sempre digo: quando você bebe, deve ter consciência disso antes do ponto em que a bebida vai te colocar em risco. Sobre as outras drogas, sempre respondo aos meus filhos: estejam mais preparados para o risco de se tornar mais um criminalisado do que pelo próprio efeito que as drogas vão ter.


Caretão de geração mais antiga, o professor reconhece que nunca experimentou MDMA, methadrone e outros químicos,e reafirma não suportar fumar um baseado porqhe se torna "marcha lenta", mas admite: "eu bebo".

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