sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O som do pedal

Oxford Circus. Meio da tarde. Me despeço da Raquel. Ela, ao trabalho. Eu, rumo à estação do metrô. Ao lado da GAP, uma ruela. Um som. Estranho, confesso. Harmonioso. Um som que ganhava a reverberação de paredes estreitas e altas dos prédios vizinhos. A ruela, até então deserta, começava a ganhar o contorno dos curiosos. Pessoas paravam para olhar. E ouvir.

Um universo paralelo, em meio ao ruído da rua. Sons de motores. Gente.
Em meio a tudo, o músico. Alheio a tudo.
Não ouvia mais nada. Apenas tocava. Com muita energia.
Tocava adiante o som da bike.
A mesma que o levaria para casa mais tarde, depois de voltar a ser uma bike.

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