segunda-feira, 22 de junho de 2009

Agora é o The Wolseley!!

Ok! Aqui estamos para a primeira postagem. Gostaria, neste momento, de escrever um pouco sobre trabalho. Em tempos de crise, creio que sejam raros os casos de brasileiros que estejam enfrentando a rotina que vem acontecendo em minha vida desde o dia 08 deste mês, quando retornei à Londres.
Depois da chegada, na segunda-feira, por volta de 17h, o reencontro com a Raquel, os amigos da Jimmys House (Bolachão e Lisi) e a felicidade com a chegada sem problemas nem queda de avião, resolvi que a terça-feira seria de descanso, ao lado da Raquel. Poucas atividades, como o passeio até a esquina para lavar roupas que estavam guardadas e precisavam ganhar novo endereço, o quarto novo posto em ordem e outras cositas mas.
No entanto, já na terça pensava na volta à cozinha, uma das grandes paixões da minha vida. É claro, a escolha já havia sido feita. Era um dever retornar ao meu primeiro e grande Chef, Francesco Mazzei.
Quando retornamos ao Brasil, em fevereiro de 2008, o Chef recém tinha aberto o novo restaurante, em Liverpool St, área de negócios e muito movimentada a Leste, o chamado "novo centro comercial" de Londres. O L´Anima (Alma em italiano) já recebeu inúmeros prêmios e concorre a primeira Star Michelin (o maior prêmio de qualidade do mundo, concedido à restaurantes especiais - no Brasil deve haver menos de meia dúzia).
Pois bem. Dito e feito. Confesso que meu medo inicial não era receber um "não" escancarado. Era, realmente, de ir visitá-los e receber um "sim" escancarado. Foi o que aconteceu.
Quando o Francesco iniciou conversa, foi logo dizendo:
- Amanhã você vem às nove da manhã e começa a trabalhar.
A felicidade não cabia mais dentro de mim. Tinha conseguido o primeiro emprego menos de 24 horas depois da chegada na terra da rainha, logo em tempos de dificuldades "everywhere".
No entanto, um contratempo:
André! - grita o Chef!
Hoje ficas aqui conosco. Amanhça te mando para Blackheath (simplesmente do lado mais oposto da cidade em relação onde eu moro, quase duas horas de distância com o metrô e uma troca de trem para o National Rail Service). Demais pra mim.
Estava posto um ponto final do relacionamento de quase três anos na cozinha do Francesco. Ainda tive coragem de fazer um dia de trabalho no restaurante onde o Chef me mandou, um local pequeno, de cozinha antiga e muitas coisas por ajeitar, onde o Piero (Chef Pasta do Francesco), é o responsável por um novo serviço de consultoria que o Chef oferece. Deixei avisado que não voltaria mais.
Tão rápido quanto a conquista do novo emprego foi a perda dele. Aqui em Londres é assim. Não existe meio termo.

2 comentários:

  1. É isso aí gordinho!!!Que o Wolseley valorize essa tua força e teu trabalho certamente incomparáveis!!!Força velinho...muita força nessa tua vida iluminada!! e que venha o trabalho então...continua escrevendo por aqui, pois é um conforto, uma segurança e sempre uma esperança ler as tuas frases!!bjo enorme!serei sempre tua seguidora e fã incondicional. Nanda

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  2. OI Foca!!! Fiquei emocionada ao ler estas tuas palavras.. por varios motivos... Em primeiro lugar, fico feliz em saber que deu tudo certo na tua entrada aí... E surpresa, também, pois te encontrei há uns dias aqui em Ijuí. Salve a terra da Tia Bethy!!!! Mas fiquei mais emocionada pelo fato de relatares tão bem, em tão poucas palavras que em London não há meio termo!!! Realmente, é 8 ou 80! Eu sempre digo que isso é o mais interessante nessa cidade, é tudo muito imprevísivel.. Hoje tens, amanhã não, mas de repente sim...Mesmo em tempos de crise... Qualquer dia desses eu apareço por aí, só me falta a coragem de uns anos atrás... Mas, já ganhaste uma fã!!! Estarei sempre aqui para "ouvir" as histórias de mais um missioneiro nesse mundão, tão pequeno.. um grande abraço... tudo de bom pra vcs ai... Bianca Botteselle

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