Nem nos tempos áureos dos Hooligans foi assim. Pancadaria para todo o lado, mais de mil policiais tentando o controle, dois esfaqueados, pelo menos outro fã com lesões graves na cabeça e horas de filmagens das câmeras de segurança sendo revistas para tentar identificar brigões. TVs e jornais londrinos tiveram pauta extra no esporte desta quinta-feira: a maior briga dos últimos 30 anos.
O jogo entre West Ham e Millwall (dois rivais da capital) era válido pela Carling Cup. O West Ham venceu na prorrogação por 3x1. Mas o que chamou atenção, definitivamente, não foi o resultado da partida. Torcedores do West Ham invadiram o campo três vezes.
Mais de 20 torcedores resultaram feridos na pancadaria
Treze pessoas foram presas. Um homem de 40 anos de idade foi esfaqueado no abdomen e a Scotland Yard já confirmou: os confrontos foram planejados e organizados pelas suas torcidas. West Ham e Millwall jogaram pela última vez há cinco anos.
O Ministro dos Esportes, Gerry Sutcliffe descreveu as cenas como "desgraça para o futebol" e pediu ações imediatas à FA (Associação Inglesa que coordena o futebol) para identificar e banir os culpados para o resto da vida sem retornar aos campos de futebol.
Um fã entrevistado por repórteres constatou: as gangues rivais lutavam como se fossem animais e não paravam de ir uma ao encontro da outra. Havia gente com sangue correndo pelo rosto em cada metro quadrado nas redondezas do estádio.
A polícia definiu o evento como nível 5 (o máximo) em risco de violência. Tijolos, garrafas, pedaços de paus e copos eram armas facilmente encontradas nas mãos dos torcedores. A briga generalizada começou por volta de 18h e terminou quase à meianoite.
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